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Estado de Minas

Apesar de o valor do autom�vel cair, seguro � reajustado

Alta ocorre em fun��o de vari�veis �s vezes desconhecidas da maioria dos consumidores


postado em 05/01/2012 06:00 / atualizado em 05/01/2012 07:20

O carro desvaloriza, mas o valor do seguro aumenta. O movimento, que j� surpreende segurados com frequ�ncia, tem a ver com letras mi�das do contrato, daquelas a que os clientes raramente atentam no momento da contrata��o. O reajuste geralmente fica em torno de 1,5% do valor do seguro, o que pode soar inexpressivo na porcentagem mas chega, �s vezes, a R$ 300. “Muitas vezes, por causa de R$ 100, os clientes decidem por planos mais baratos. Portanto, reajustes dessa ordem fazem diferen�a sim”, diz Luciana Santana, diretora t�cnica da consultoria e assessoria em seguros LifeInsurance.

As diferen�as entre as tabelas das diversas seguradoras, no que diz respeito � taxa��o do sinistro, � o que gera varia��es de pre�os enormes em casos espec�ficos. O trabalho do corretor de seguros Cl�udio Vin�cius Paiva � justamente driblar esse comportamento do mercado, trocando uma seguradora por outra, evitando que os clientes paguem a mais. “Ao or�ar seguros para determinados ve�culos, percebemos que os pre�os variam entre R$ 3,5 mil e R$ 15 mil. E estamos falando do mesmo carro – o que impacta a varia��o � simplesmente a maneira que aquela seguradora taxa o sinistro”, diz Paiva, referindo-se a or�amentos feitos na tarde dessa quarta-feira, com seis seguradoras diferentes, para uma Ford Ranger XLP cabine dupla Turbo Diesel 2012.

Fatores diversos influenciam esse pre�o, segundo a Confedera��o Nacional das Seguradoras. A institui��o lembra que a atua��o das dezenas de seguradoras � livre quanto aos valores praticados junto ao consumidor – e a varia��o � sempre relativa ao risco. Os pre�os s�o ajustados de acordo com o ve�culo, o motorista, a regi�o, entre v�rias outras vari�veis. Quando a frequ�ncia de roubo e furto sobe em determinada regi�o, o pre�o do seguro sobe, proporcionalmente.

O contr�rio tamb�m acontece, como destaca Luciana: “No Rio de Janeiro, nas regi�es com favelas que tiveram atua��o de unidades pacificadoras de policiamento (UPPs), com redu��o da viol�ncia e da estat�stica de roubos, os seguros ficaram mais baratos”. O volume de dados estat�sticos considerados refletem mudan�as comportamentais, que impactam, e muito, nos pre�os, segundo a consultora. Entre todas as vari�veis, a que tem mais peso � a faixa et�ria do motorista – responde por 18% da varia��o, segundo ela.

A planilha leva em conta, contudo, outros tipos de rela��es – muitas vezes ocultas nas perguntas que s�o feitas no momento da contrata��o, para defini��o do perfil do segurado. Segundo Luciana, quando a seguradora quer saber, por exemplo, dados pessoais como n�meros de filhos ou rela��es familiares, mapeia os parentes do usu�rio  e, com isso, consegue taxar o risco e o valor que aquelas pessoas dar�o ao ve�culo: “Um jovem que acaba de ganhar um carro, com 18 anos, pode n�o dar a ele o mesmo valor que um outro que teve de trabalhar cinco anos para comprar um ve�culo”.

Por mais subjetivas que sejam, informa��es assim entram na planilha de c�lculo, em sistemas computacionais que avaliam o risco e redefinem os valores dos seguros. Na percep��o da consultora, �tens como “fam�lia”, inimagin�veis h� 15 anos, adquirem cada vez mais peso na avalia��o final, a partir do impacto de novas estat�sticas, atualizadas mensalmente. As seguradoras n�o admitem que o aumento da circula��o de carros de luxo (que encarece as indeniza��es por danos a terceiros) pode impactar o reajuste.

Repasse Quem vive o dia a dia desse mercado, contudo, sabe que o repasse pode ser pr�tica inevit�vel – e n�o apenas para quem tem o prazer de ser o dono do carr�o. “Se a empresa est� indenizando mais, pagando mais caro nas indeniza��es, com reparos que cobram pre�os mais altos, � l�gico que os seguros tamb�m sejam mais caros, porque o custo ser� claramente repassado para os clientes”, destaca Paiva, lembrando que o que as seguradoras fazem � administrar as verbas recolhidas dos clientes.

Outro item determinante para o aumento do valor de seguro mesmo com a deprecia��o do bem � justamente a dificuldade t�cnica em se encontrar pe�as para carros que come�am a ficar antigos. “� por isso que as empresas, muitas vezes, se recusam a segurar carros com mais de 10 anos”, sustenta Luciana.

Para o gerente da Accord Administradora e Corretora de Seguros, Nilson Mendes Ferreira, o volume estat�stico de clientes que tiveram os seguros reajustados mesmo com a redu��o do valor do carro ainda n�o � expressivo, e chama aten��o para o contraponto, impulsionado justamente pelas tradicionais leis de oferta e procura: “S�o muitas as seguradoras que oferecem os seus servi�os, e esse mercado inchado as leva � redu��o dos valores. Se aumenta, � porque realmente n�o havia mais onde cortar, porque hoje, com a competi��o, elas tentam segurar ao m�ximo o repasse de valores”.

 

DPvat sem reajuste

O cogitado reajuste do seguro de Danos Pessoais Causados por Ve�culos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) n�o se concretizou. O aumento foi considerado em agosto do ano passado, com o objetivo de aumentar a arrecada��o de verbas para a sa�de p�blica. Hoje, o valor � de R$ 101,16 para ve�culos pequenos e n�o varia entre os estados. O seguro gera fundo para o pagamento de indeniza��es a v�timas de acidentes de tr�nsito, em casos de morte e invalidez total ou parcial. Em caso de morte, o valor � de R$ 13,5 mil. Esse � o teto em caso de impossibilidade permanente, conforme o grau da invalidez. O reembolso de despesas m�dicas e hospitalares vai at� R$ 2,7 mil.

 

O que � levado em conta na forma��o do pre�o
Idade do ve�culo
Idade do motorista e tempo de habilita��o
�ndices de roubos nas regi�es em que o ve�culo trafega
Taxas de acidentes com o modelo e tamb�m na regi�o
Oferta e procura dos servi�os de seguradoras
Complexidade da estrutura para agilizar a libera��o dos ve�culos
Preven��o ao risco de roubo (rastreadores)
Cobertura de RCF-V (Responsabilidade civil facultativa-ve�culos)e de APP (Acidentes pessoais a passageiros)


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