Embora tenha manifestado alguma frustra��o com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, o presidente da Associa��o Brasileira da Infraestrutura e Ind�strias de Base (Abidb), Paulo Godoy, disse que o aumento de 2,7% “n�o pode ser considerado ruim”, porque houve desaquecimento na economia em v�rios pa�ses e em regi�es expressivas do com�rcio mundial.
Godoy lembrou que o percentual ficou ligeiramente abaixo do previsto pela Abidb (3%) e disse que foi por causa disso que a ind�stria cresceu apenas l,6% no ano passado. “A ind�stria enfrenta problemas estruturais, e a expans�o da forma��o bruta de capital fixo ainda � insuficiente para as pretens�es do pa�s”, afirmou.
Segundo o presidente da Abdib, s� a ind�stria de transforma��o teve o segundo pior desempenho da d�cada, com aumento de 0,1% e participa��o de 14,6% no PIB, muito abaixo da registrada em 2004, que foi 19,2%.
“Todo o setor industrial foi fortemente pressionado por diversas frentes, como o recuo no consumo global, principalmente nos pa�ses desenvolvidos, o custo interno de produ��o no Brasil, que � persistentemente elevado, e a acelera��o das importa��es, que cresceram numa velocidade bem maior que das as exporta��es”, acrescentou Godoy, defendendo a ado��o de medidas que aumentem a competitividade da economia brasileira.
Em nota � imprensa, Godoy ressaltou ainda que � preciso reduzir com urg�ncia "as amarras" ao investimento para incentivar e atrair um adicional de R$ 250 bilh�es de investimentos ao PIB anualmente. Para ele, o setor de infraestrutura continua com papel relevante na retomada do crescimento econ�mico. Segundo Godoy, mesmo tendo obtido uma das taxas de investimento mais elevadas nos �ltimos dez anos (19,3%), esse avan�o ainda � insuficiente para o crescimento sustentado.
Ele tamb�m destacou o fato de o consumo governamental ter apresentado a segunda menor taxa de crescimento (l,9%) e disse que esse ritmo deve ser mantido para que o pa�s possa ter espa�o para reduzir a carga tribut�ria e tornar-se mais competitivo no mercado global.