Milhares de pessoas se manifestaram nesta ter�a-feira em v�rios pa�ses neste 1º de maio para celebrar o Dia do Trabalho ou protestar contra as pol�ticas de austeridade realizada pelos governos. Os manifestantes sa�ram �s ruas de Madri para criticar os cortes sociais e a reforma trabalhista realizada pelo governo conservador espanhol
Exibindo uma enorme faixa com os dizeres "Querem acabar com tudo. Trabalho, dignidade, direitos", os trabalhadores percorreram o centro de Madri, da Pra�a de Netuno at� a conhecida Porta do Sol, onde acontecer� um com�cio de l�deres sindicais.
As centrais sindicais aproveitaram o Dia do Trabalho para dar um passo a mais em sua estrat�gia de mobiliza��o contra a reforma trabalhista e os cortes principalmente na educa��o e sa�de decretados pelo governo de Mariano Rajoy.
Outros milhares de pessoas, principalmente comunistas, participaram nas manifesta��es em Atenas e outras cidades da Gr�cia, um pa�s em que o Dia do Trabalho � celebrado tradicionalmente como o Dia da Greve Geral no setor privado e no p�blico.
Estas manifesta��es acontecem a cindo dias das elei��es legislativas de 6 de maio na Gr�cia, cujo resultado � incerto devido a uma queda da popularidade dos dois principais partidos, a direita Nova Democracia, que parte como favorito, e os socialistas do Pasok, acusados pelo rigor imposto ao pa�s h� dois anos pressionados por seus credores, a Uni�o Europeia e o Fundo Monet�rio Internacional, em troca de empr�stimos para evitar a fal�ncia.
Segundo a pol�cia, mais de 8.000 militantes da Frente de Luta dos Trabalhadores (Pame), ligado ao partido comunista, se manifestaram em Aspropyrgos, a 35 km de Atenas, donde est� situada a sider�rgica do grupo Hellenic Halyvurgia, cujos funcion�rios est�o em greve h� meses.
Outras 1.500 pessoas responderam � convoca��o dos sindicatos em Atenas, enquanto que 2.000 militantes de grupos de esquerda tamb�m se manifestaram no centro de Atenas.
Na R�ssia, o presidente eleito Vladimir Putin e o atual chefe de Estado Dmitri Medvedev participaram pela primeira vez em uma grande manifesta��o de 150.000 pessoas convocadas pelos sindicatos pr�-governamentais em uma das principais art�rias da capital.
Putin e Medvedev, que participaram assim pela primeira vez em um desfile pelo Dia do Trabalho, lideraram a passeata com um enorme cartaz que dizia "Somos uma for�a!". Depois da manifesta��o, a equipe no poder comemorou a data com peixe seco e camar�es em uma popular cervejaria popular do centro da capital.
O continente asi�tico, um dos mais din�micos do mundo, tamb�m festejou o dia 1º de maio. Na Indon�sia, 9.000 pessoas sa�ram �s ruas da capital Jacarta para reclamar aumentos de sal�rios e a falta de seguran�a no emprego.
Quarto pa�s mais povoado do mundo, com 240 milh�es de habitantes, a Indon�sia conhece um dos crescimentos mais elevados do mundo, com um �ndice anual superior aos 6% gra�as, em grande parte, a seus importantes recursos naturais.
No entanto, mais ou menos a metade da popula��o est� abaixo do n�vel internacional da pobreza enquanto o sal�rio m�dio mensal dificilmente acompanha o custo de vida. Nas Filipinas, 3.000 pessoas seguiram at� o pal�cio presidencial em Manila exibindo retratos do presidente Benigno Aquino em que ele aparece como um cachorro sob as ordens dos capitalistas estrangeiros.
Em Hong Kong, 5.000 manifestantes pediram uma melhoria das aposentadorias, redu��o do tempo de trabalho semanal e um aumento da hora de trabalho. Por outro lado, vinte mil tunisianos se manifestaram pelo emprego e unidade nacional na avenida Habib Burguiba, lugar emblem�tico da revolu��o na Tun�sia. "P�o, liberdade e dignidade nacional" e "Trabalho, liberdade, dignidade nacional" eram os principais lemas cantados pelos manifestantes. Na manifesta��o tamb�m participaram militantes do partido islamita Ennahda e das correntes da oposi��o.