
Ontem, na sa�da de uma unidade do Supermercados BH localizada no Santa Efig�nia, cercado de sacolas retorn�veis por todos os lados , o porteiro Sidney Fernandes contabilizava a compra de quatro sacolas retorn�veis, que somadas �s que j� tinha em casa embalaram as compra do m�s. “Acredito que cada um tem que fazer a sua parte. Hoje comprei quatro sacolas (uma delas foi brinde do supermercado), paguei junto com as compras que fiz. Se fosse necess�rio, compraria mais. Numa boa.” Do lado dele, o empres�rio Guilerme Veloso e sua tia, Maria do Carmo Veloso, economista, lotavam o bagageiro do carro com os produtos rec�m-adquiridos no mesmo estabelecimento. Tudo acondicionado sem sacolas. “A gente p�e as compras no carro e s� quando chega em casa � que as sacolas retorn�veis s�o usadas. Acho que assim fica mais f�cil”, explica o empres�rio. Mas a tia protesta. “Gastamos R$ 700 e s� ganhamos uma sacola retorn�vel. E olha que o suspermercado promete uma sacola a cada R$ 50”, reclama. O estabelecimento d� uma sacola retorn�vel para cada compra acima de R$ 50.
Para Jos� Batista de Oliveira, presidente do Sindicato da Ind�stria da Panifica��o de Minas Gerais (Amip�o), a volta da distribui��o das sacolinhas de pl�stico, como ocorria at� o primeiro trimestre do ano passado, seria um retrocesso. Por outro lado, ele aponta que novos modelos de embalagem ter�o de ser criados para atender comerciantes e consumdiores. “Ainda estamos estudando alternativas, o consumidor n�o pode ser penalizado”, reconhece.
Enquanto a solu��o n�o vem, na sa�da do caixa do Verdemar da Avenida Nossa Senhora do Carmo, a corretora de seguros e empres�ria Vanessa Machado empurrava dois carrinhos lotados, com nove sacolas, fora as que n�o foram usadas. Ela conta que, desde que a sacolinhas pl�sticas foram proibidas na capital mineira, aderiu �s retorn�veis. “Gosto das sacolas retorn�veis. Cabe muita coisa nelas e d� at� para separar as compras no caixa”, diz. Mesmo assim, Vanessa sempre costumava esquec�-las em casa na hora de ir �s compras. O problema foi resolvido quando ela adotou uma estrat�gia contra a falta de mem�ria. “Quando chego do supermercado, assim que as compras sobem e limpamos as sacolas, elas voltam para a mesa de jantar. Quando saio de casa, n�o d� para esquec�-las. Ningu�m quer ficar com uma sala de jantar feia”, ensina.