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Estado de Minas

Para Nakano, infla��o de 2013 deve se aproximar da meta


postado em 17/09/2012 16:05

O diretor da Escola de Economia de S�o Paulo da Funda��o Get�lio Vargas (EESP-FGV), Yoshiaki Nakano, avaliou nesta segunda-feira que � bem prov�vel que o IPCA convirja � meta de infla��o de 4 5% em 2013. "Boa parte da infla��o que registramos hoje ocorre em fun��o de choques externos, como o que afetou alimentos com a seca nos EUA, e indexa��o no mercado dom�stico", disse Nakano � Ag�ncia Estado. "Mas, como o consumo e a expans�o do mundo est� fraca e o Brasil est� crescendo bem abaixo do seu potencial, h� uma for�a desinflacion�ria vigorosa que vai continuar a ser registrada no pr�ximo ano", acrescentou.

Na avalia��o de Nakano, o Brasil tem condi��es de crescer pelo menos 4% no pr�ximo ano, especialmente porque o Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 dever� apresentar uma expans�o pequena, que n�o vai superar 2%. "Contudo, pode ser que o governo esteja criando as condi��es para que o Pa�s apresente uma expans�o sustentada de 4% a 5% a partir de 2014", comentou. Segundo ele, uma desses fatores estruturais � a vigorosa redu��o da taxa de juros nominal, que em 12 meses encerrados em agosto baixou de 12 50% ao ano para 7,50% ao ano, o que permitiu que a taxa real de juros ficasse ao redor de 1,70%.


Outro elemento importante que dever� permitir que o PIB avance para patamares de 4% a 5%, segundo Nakano, � a mudan�a do patamar de c�mbio, cuja taxa nominal saiu em alguns meses de R$ 1,70 para R$ 2,00 atualmente. "A quest�o � saber se o c�mbio vai ficar neste patamar. A boa not�cia � que o governo n�o quer mais aprecia��o do real ante o d�lar, como afirmou o secret�rio executivo do minist�rio da Fazenda, Nelson Barbosa", destacou. "Mas ele disse tamb�m que o patamar atual do c�mbio � apreciado, em termos hist�ricos para o Brasil", afirmou.

Nakano disse que o ideal seria o Brasil adotar uma cota��o do real ante o d�lar bem pr�xima do patamar de c�mbio de equil�brio que, para ele, � aquela que permite um ritmo pr�ximo da produ��o industrial dom�stica com as importa��es de manufaturados pelo Pa�s, o que � apurado parcialmente pelas vendas do com�rcio varejista. "Esse patamar de c�mbio de equil�brio varia de acordo com o tempo, mas certamente se estivesse entre R$ 2,15 e R$ 2,20 seria melhor do que o atual", destacou.

Para Nakano, o Poder Executivo precisa tomar cuidado com a tend�ncia de aprecia��o do c�mbio de curto prazo, que dever� vir do exterior com a terceira edi��o da pol�tica de afrouxamento quantitativo dos EUA. "Mas o governo cortou o mal pela raiz ao definir o IOF para aplica��es externas em pap�is de renda fixa", ponderou. "E isso faz a diferen�a, pois essa taxa pode subir caso o ingresso de capitais tente pressionar o c�mbio", disse.

De acordo com Nakano, a nova postura do governo com o c�mbio "flutuante para os dois lados, pois antes s� valorizava" d� chances para estimular o setor manufatureiro a ganhar algum vigor no m�dio prazo. "O Brasil estava passando por um processo de desindustrializa��o e agora pode iniciar um per�odo de reindustrializa��o, mas isso vai levar um bom tempo, at� que os empres�rios ganhem confian�a que o patamar de c�mbio ser� mais est�vel e interessante para investir no mercado dom�stico", apontou. Nakano participa do F�rum de Economia realizado pela Escola de Economia de S�o Paulo da Funda��o Get�lio Vargas (EESP-FGV).


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