O governo vai rever procedimentos e aprimorar a fiscaliza��o das subesta��es do sistema de transmiss�o de energia el�trica para evitar que apag�es como os que atingiram o Pa�s nos �ltimos quatro meses do ano voltem a ocorrer. As mudan�as, resultado da opera��o pente-fino, v�o deixar mais claras as responsabilidades das empresas e do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), cobrar relat�rios mais objetivos, resolver problemas de comunica��o entre os sistemas das companhias e exigir equipes 24 horas por dia nas subesta��es mais importantes.
“Verificar da forma como faz�amos n�o impediu que houvesse um problema no sistema. Ent�o, vamos incluir determinadas rotinas no processo de fiscaliza��o”, afirmou o diretor-geral da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), Nelson Hubner.
Tanto as companhias quanto o ONS ter�o de enviar relat�rios regulares � Aneel com informa��es detalhadas sobre a forma como as subesta��es e linhas s�o mantidas. Segundo o diretor-geral da Aneel, o objetivo � dar mais intelig�ncia � fiscaliza��o, com relat�rios mais objetivos.
Os primeiros resultados da opera��o pente-fino no setor de transmiss�o de energia el�trica ap�s os apag�es dos meses de setembro e outubro apontam para uma falha de comunica��o entre os sistemas de prote��o utilizados por diferentes companhias. “Todas as ocorr�ncias recentes que tivemos foram por problemas de prote��o”, admitiu Hubner.
Outra constata��o da opera��o pente-fino foi que algumas atividades deixaram de ser feitas porque os procedimentos de rede n�o deixavam claro se a atribui��o era das concession�rias ou do ONS. Segundo Hubner, esses procedimentos ser�o revistos para diferenciar uma prote��o sist�mica - responsabilidade do ONS - de uma prote��o simples - incumb�ncia das empresas.
O governo tamb�m vai passar a exigir das concession�rias que tenham equipes 24 horas por dia nas instala��es priorit�rias. Segundo Hubner, como algumas subesta��es operam linhas de at� sete empresas diferentes, h� companhias que optam por fazer um monitoramento teleassistido.
“Temos duas alternativas: ou as concession�rias entram num acordo e colocam uma equipe respons�vel por tudo e repartem os custos operacionais, ou colocam uma equipe pr�pria”, afirmou.