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Estado de Minas ABATE S� NO FIM DA VIDA

Sem cultura de consumo de cavalo, s� os velhos ou com patas quebradas v�o para frigor�ficos

Custo de produ��o n�o compensa


postado em 04/03/2013 08:37 / atualizado em 04/03/2013 09:35



Todos os equ�deos abatidos no Brasil para consumo humano s�o de descarte, ou seja, s� v�o para os matadouros no fim da vida, depois de passarem anos puxando carro�as, guiando gado ou ajudando os donos em outras atividades. A lista inclui tamb�m os animais que precisam ser sacrificados por causa de patas quebradas. Ao contr�rio do que ocorre em outros pa�ses, como na Hungria, n�o h� registros de pecuaristas nacionais que criam cavalos, mulas, burros, jumentos ou jegues exclusivamente para consumo humano.

A cultura brasileira de n�o consumir esse tipo de carne � o principal motivo de os pecuaristas n�o apostarem na cria��o de cavalos para o abate, mas tamb�m h� uma forte explica��o econ�mica: o custo da produ��o � considerado alto em rela��o a outros rebanhos com mercado lucrativo, como o de bovinos, o de su�nos e o de ovinos. Bois, porcos e ovelhas crescem e engordam num per�odo bem menor do que cavalos, mulas e jumentos. Os criadores levam em conta a chamada taxa de convers�o, que significa o quanto do que o animal se alimenta � transformado em carne para consumo.

Da� a necessidade de os frigor�ficos brasileiros recorrerem aos equ�deos de descarte. O Frigor�fico Prosperidad, quando estava de portas abertas, comprava animais em fazendas do Tri�ngulo Mineiro e de tropeiros que percorriam a regi�o vindos, principalmente, de Goi�s e da Bahia. Em raz�o da aus�ncia de criadores, os frigor�ficos n�o t�m tanta facilidades em conseguir equ�deos para abate.

“O Brasil n�o tem o h�bito de consumir carne de cavalo. Portanto, aqui, n�o criamos esses animais para o matadouro. O que vai para o frigor�fico � o refugo do refugo”, refor�a Affonso Dam�zio, presidente da Comiss�o T�cnica de Pecu�ria de Corte da Federa��o da Agricultura e Pecu�ria do Estado de Minas Gerais (Faemg).

Ninharia

Dam�zio, que � produtor em Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, se recorda de que h� alguns anos um rapaz apareceu na regi�o interessado em comprar cavalos para um abatedouro. “Ele ofereceu R$ 200 por cabe�a velha e saiu daqui com uma boa carga.” Fazendeiros alegam que os frigor�ficos pagam uma ninharia pelos animais. Uma das explica��es, principalmente quando o cavalo � adquirido em propriedades distantes dos abatedouros, � o custo do frete.

A idade dos cavalos abatidos, j� no fim da vida, com mais de 25 anos, n�o garante � carne um sabor � altura dos animais criados em outros pa�ses, segundo especialistas. “Em geral, a carne do cavalo de descarte n�o � de t�o boa qualidade. Estive uma vez na It�lia, onde se consome carne de equ�deo, e o rapaz de um a�ougue me disse que comprava cortes da Hungria porque l� o animal abatido � mais novo que no Brasil”, recorda o professor Pedro Veiga, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Vi�osa (UFV) e p�s-doutor em ci�ncia da carne pela universidade americana de Iowa.


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