A escalada de pre�os de alimentos est� tirando o sono n�o s� de quem frequenta as feiras e supermercados de Belo Horizonte. Os restaurantes e buff�s est�o tendo que usar a criatividade para driblar a alta de pre�os nos balc�es. Substituir as receitas dos card�pios, diminuir os ingredientes e trocar os fornecedores s�o algumas alternativas. O caqui, por exemplo, tem ganhado parte do espa�o do tomate. A vagem foi substitu�da pela cenoura em alguns pratos e o molho de maracuj� pelo de alcaparras.
O tomate recheado com champignon chegou a ficar quase dois meses fora do card�pio do restaurante Couve-Flor, em Lourdes. “Paguei R$ 130 pela caixa com 20 quilos de tomate, sendo que o valor normal � na faixa de R$ 40. S� agora que o pre�o voltou a cair”, afirma Alice Coelho de Assis, dona do restaurante. A vagem tamb�m ficou fora do card�pio por alguns dias. “Em vez de vagem com ovo, passei a servir cenoura com ovo. At� mesmo a couve-flor, que n�o posso deixar de servir, por causa do nome do restaurante, fiquei sem por uns dias”, diz Alice.
Buscar os legumes diretamente na Ceasa Minas foi a alternativa encontrada por N�lia Ferreira, dona do restaurante Saatore, em Lourdes. “L� costuma ser 40% mais barato do que o valor cobrado pelo fornecedor”, afirma N�lia. Como o restaurante trabalha com pratos � la carte, ela passou a sugerir linguine a quatro queijos, em vez de espaguete ao molho de tomate. “O pre�o do card�pio continua o mesmo. Ent�o substitu�mos algumas receitas”, observa N�lia.