O candidato brasileiro para chefiar a Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) recha�ou cr�ticas de na��es ricas de que o Pa�s est� tornando-se mais protecionista, afirmando que ser� um negociador neutro para os conflitos comerciais globais caso seja escolhido para o posto mais tarde neste m�s.
Roberto Azev�do, um experiente diplomata que representa o Brasil na OMC h� anos, est� competindo contra o mexicano Herm�nio Blanco, um importante agente na cria��o do Acordo de Livre Com�rcio da Am�rica do Norte (Nafta, na sigla em ingl�s), para se tornar o primeiro latino-americano a liderar a organiza��o que regulamenta as rela��es comerciais globais.
Em um documento circulado na OMC em meados de abril, a Uni�o Europeia, o Jap�o e os EUA disseram que o Brasil adotou medidas para elevar exig�ncias de conte�do local que “discriminam” bens importados, incluindo carros, celulares e at� fertilizantes.
“Eu, como candidato e como diretor-geral, n�o estarei representando o Brasil”, disse Azev�do em entrevista por telefone na ter�a-feira, 29/04.
“Eu cheguei � reta final dessa sele��o do pr�ximo diretor-geral com essas reclama��es sobre a mesa, n�o muda nada. Significa que h� um entendimento entre membros do OMC de que o candidato tem que ser independente de seu pa�s e deve ser examinado � luz do m�rito da sua candidatura.”
C�mbio
Questionado sobre se considera o Brasil um pa�s protecionista, Azev�do n�o quis comentar. Mesmo sendo respeitado em c�rculos diplom�ticos por sua capacidade de construir consenso, Azev�do foi criticado por seus esfor�os para levar a OMC a discutir o impacto de flutua��es cambiais sobre o com�rcio mundial.
Blanco foi o negociador, em meados da d�cada de 1990, para a assinatura do acordo Nafta, envolvendo M�xico, EUA e Canad�, e atuou como consultor em outros acordos de livre com�rcio. Em d�cadas recentes o M�xico tem mostrado interesse neste tipo de pacto, assinando acordo do g�nero com 44 pa�ses, de acordo com o Minist�rio de Com�rcio do pa�s.