
Martini explica que, ao adquirir artigos no exterior, o empres�rio que est� no Brasil pode escolher por pagar antecipadamente, adiantar apenas uma parte do pagamento ou quitar a fatura ap�s a chegada. Na primeira semana de maio, de acordo com ele, o d�lar estava valendo R$ 2,01 e o euro entre R$ 2,60 e R$ 2,62. Hoje, as mercadorias est�o chegando com a moeda americana valendo cerca de R$ 2,17, valorizada em cerca de 7,5% ante maio, e a europeia a R$ 2,84, 8,8% mais cara do que no per�odo anterior. “J� tem produto liberado com pre�os reajustados que est� chegando ao consumidor”, avisa.
L�cio Costa, dono da Suggar, estima que haver� um reajuste de cerca de 6% nos produtos importados que est�o em estoque. No caso dos que ainda est�o chegando, de acordo com ele, a remarca��o de pre�os vai depender de quanto o c�mbio estar� valendo na data da entrada no pa�s e da sazonalidade nas vendas.
Para Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Cedro Cachoeira e da Associa��o Brasileira da Ind�stria T�xtil e de Confec��o (Abit), no patamar desvalorizado em que vinha se mantendo nos �ltimos 10 anos frente ao real, o c�mbio promoveu uma verdadeira devasta��o na ind�stria nacional. “O ideal para o Brasil � que o d�lar fique na casa dos R$ 2,30. N�o podemos ter a moeda americana como controladora da infla��o no Brasil.”
A empres�ria Adriana Esteves abriu o Judith Caf�, no Bairro Santa Efig�nia, onde 60% do card�pio s�o de importados, h� dois meses. “Nosso aumento de custo ser� da ordem de 20%, mas n�o temos como mudar o card�pio agora. Teremos que amargar o preju�zo.”