Aos poucos, o BTG Pactual e a Caixa Econ�mica Federal (CEF) v�o limpando o passivo bilion�rio deixado pelos antigos donos do Panamericano e fazendo do agora Banco Pan uma institui��o com ambi��es de banco de gente grande no longo prazo. Ontem (29), a institui��o aderiu ao programa Refis, do governo federal, e pagou R$ 536 milh�es para eliminar uma disputa tribut�ria com o Fisco e, de quebra, ter cerca de R$ 30 milh�es na linha do lucro. Foi mais uma limpeza no balan�o da institui��o, que come�a, a despeito de algumas cr�ticas, a ter mais a cara de um banco que quer ganhar dinheiro emprestando dinheiro.
A carteira total dobrou de tamanho, chegando a R$ 14,2 bilh�es no �ltimo trimestre. Ainda assim � pouco para sua capacidade de produ��o. O diretor de rela��es com investidores, Willy Jordan, gosta de dizer que o banco tem tamanho e estrutura para ter uma carteira de R$ 36 bilh�es, ou seja, a renda da carteira de cr�dito ainda n�o paga os custos.
Se de um lado os novos empr�stimos crescem a taxas elevadas em rela��o aos pares, a carteira de cr�dito n�o cresceu muito al�m da dos concorrentes nos nove primeiros meses deste ano.
Em parte, isso se explica por uma das estrat�gias adotadas para recuperar o banco: uma esp�cie de “cheque especial” com a Caixa, como definiu um acionista minorit�rio do banco na �ltima reuni�o com investidores. Todo m�s o banco vende parte dos seus cr�ditos � Caixa, que assumiu o compromisso de comprar at� R$ 8 bilh�es. A medida foi necess�ria para fazer girar o capital do banco e melhorar o desempenho da institui��o.