As companhias a�reas utilizam os preju�zos bilion�rios verificados nos �ltimos anos para justificar o endurecimento nas negocia��es que levaram os trabalhadores do setor a entrar em estado de greve na �ltima quarta-feira. Nota da Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear) cita o aumento de custos operacionais do setor, press�o do c�mbio e deteriora��o das condi��es de mercado. As companhias afirmam que sua proposta de reajuste dos sal�rios pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC) mant�m o poder de compra dos aerovi�rios.
A reivindica��o do Sindicato Nacional dos Aerovi�rios (SNA) � de aumento de 10% acima da infla��o para quem ganha o piso da categoria e de 8% para quem ganha acima disso. O Sindicato Nacional das Empresas Aerovi�rias (SNEA), por�m, acena com reposi��o da infla��o de acordo com o INPC, por volta de 5,5%. "Com a alta generalizada dos custos operacionais, sem haver sinais de arrefecimento com o d�lar novamente em alta, as companhias a�reas reconhecem a contribui��o de seus colaboradores, mas chamam a aten��o para as circunst�ncias que cercam as negocia��es sindicais ora em curso", afirma a Abear, na nota.
Segundo a nota da Abear, as companhias j� promoveram ajustes para tentar colocar seus balan�os novamente no terreno positivo. "As empresas levaram ao limite todos os ajustes ao seu alcance, mas a expans�o se transformou em estabilidade", afirma. A associa��o lembra que apresentou ao governo quatro meses atr�s propostas que podem proporcionar maior competitividade ao setor, mas que ainda n�o houve resposta do poder p�blico. Entre as alternativas est�o a revis�o da f�rmula de precifica��o e da carga tribut�ria do combust�vel de avia��o (QAV).
"As empresas seguem abertas � negocia��o com os leg�timos representantes dos trabalhadores e veem com otimismo a possibilidade de um entendimento que permita, dentro do quadro descrito, a manuten��o dos n�veis de atividade e emprego", conclui a Abear. Uma nova reuni�o entre as partes est� marcada para a quarta-feira, 11.