O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira, durante caf� da manh� com a imprensa que o ano de 2013 foi "dif�cil e de grandes desafios", como o de recuperar o crescimento. Ele destacou a necessidade de reduzir a press�o inflacion�ria, que come�ou forte, al�m de implementar as concess�es de infraestrutura e ampliar o volume de investimentos. Ele prev� crescimento de 2,5% neste ano.
O ministro considera que o Brasil foi afetado pelo ambiente internacional, e prev� que o PIB mundial crescer� menos de 3%, podendo ficar entre 2,7% ou 2,8%. "A boa not�cia � que estamos num ano de virada. O ano de 2013 foi o fundo do po�o para economia internacional, talvez o �ltimo ano da crise que come�ou em 2008", disse.
Ele tamb�m destacou as dificuldades em rela��o � confian�a, a despeito de o Brasil ser uma dos maiores mercados consumidores do mundo, o que faz com que o Pa�s seja respeitado. "Houve setores que apresentaram certo mau humor com o Brasil, mas acho que houve exageros em rela��o a isso", avaliou, comentando o resultado do investimento estrangeiro direto (IED) de US$ 60,8 bilh�es de janeiro a novembro. "O pessoal n�o vem aqui investir � toa."
Parte do mau humor internacional com o Brasil se deveu, de acordo com o ministro, a perdas que alguns investidores tiveram ao apostar em arbitragens. "N�s baixamos os juros em 2012, reduzindo a rentabilidade da arbitragem. Tamb�m trabalhamos para desvalorizar o real em mais de 10% em 2012 e geralmente quem faz essa opera��o (arbitragem) n�o deve ter gostado", avaliou.
Mantega citou que os spreads ca�ram e n�o voltaram, mudan�as no setor el�trico e a retirada do IOF como itens que tamb�m poderiam ter causado mau humor. "Eu diria que temos a confian�a de que mais importa, do investidor estrangeiro direto, que � aqueles que quer as condi��es fortes da economia brasileira."
Juros e infla��o
Mantega disse ainda que a trajet�ria das taxas de juros no Brasil � descendente, independentemente de flutua��es de curto prazo que, segundo ele, s�o normais. "Quando se projeta o longo prazo, se projeta uma taxa menor", afirmou. Sobre o IPCA, �ndice de infla��o oficial, ele prev� que ser� menor em 2013 do que a varia��o de 5,84% obtida em 2012, apesar da press�o maior dos alimentos.