O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) apresentou nesta ter�a-feira, 21, uma notifica��o �s empresas a�reas para que seja detalhado o plano das companhias para a opera��o dos voos especiais abertos durante o per�odo da Copa do Mundo. Na �ltima semana, a Anac autorizou as companhias a abrirem 1973 novos voos para adequar a malha a�rea brasileira �s demandas do torneio. Os tripulantes das aeronaves temem medidas como a revoga��o de f�rias e cursos de treinamentos previamente agendados para otimizar a opera��o dos voos durante o per�odo. Aerovi�rios e controladores de voo tamb�m manifestaram preocupa��o com sobrecarga de funcion�rios para atender � amplia��o dos voos.
"Imaginamos que as empresas v�o buscar otimizar ao m�ximo o aproveitamento da m�o de obra dispon�vel, suprimindo os hor�rios em que ficamos em solo aguardando novos voos, al�m de f�rias e cursos de reciclagem programados", completa. Os aeronautas s� podem ter jornadas de at� 11h por dia, considerando apenas o per�odo em que est�o embarcados. Normalmente, entre os voos, as equipes chegam a ficar at� tr�s horas em solo � espera de novo embarque, o que dever� ser suprimido no per�odo.
Segundo o diretor do SNA, Renam Monteiro, as empresas n�o devem fazer contrata��es tempor�rias em fun��o da demora para a efetiva��o dos funcion�rios, que passam por pelo menos tr�s meses de treinamentos antes de ir � bordo.
Para o Sindicato Nacional dos Aerovi�rios, entretanto, h� um risco de sobrecarga dos atuais funcion�rios respons�veis pelas opera��es de solo, como check-in, despacho de bagagens e manuten��o de aeronaves. "Pela quantidade de dobras e horas extras que t�m sido feitas para suprir as vagas cortadas nas demiss�es recentes, estimamos entre 20% e 25% o d�ficit de funcion�rios para o per�odo. Estamos muito preocupados, falta profissionais em todas as �reas e isso � sin�nimo de perigo", aponta Selma Balbino, diretora do sindicato.
"Se acontece um �nico problema no embarque ou pouso de uma aeronave, isso gera um efeito cascata sobre toda a malha, que � interligada", alerta Jorge Botelho, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Prote��o de Voo (SNTPV), que re�ne trabalhadores civis do setor de controle a�reo. O segmento, que trabalha com os militares na gest�o do tr�fego a�reo teme congestionamentos na malha em fun��o da concentra��o de voos em determinados aeroportos. "Desde que soubemos dos eventos, se falou muito nos terminais dos aeroportos, mas nada sobre infraestrutura dos aer�dromos, controladores e malha a�rea. A capacidade de processamento nos aer�dromos � a mesma", afirma Jorge Botelho, presidente do sindicato.