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Estado de Minas

Lojistas que foram afetados pelas obras do BRT j� registram aumento nas vendas

Comerciantes das avenidas onde o sistema de transporte j� foi liberado para circular comemoram a volta da clientela. Mas ainda lamentam as perdas de faturamento de at� 90% registradas no per�odo da obra


postado em 17/03/2014 06:00 / atualizado em 17/03/2014 07:25

O novo meio de transporte ainda não está a plena carga, mas lojistas estão otimistas com a volta do público(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press. )
O novo meio de transporte ainda n�o est� a plena carga, mas lojistas est�o otimistas com a volta do p�blico (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press. )
Drasticamente afetados pelo per�odo de obras do BRT/Move, o sistema de transporte r�pido por �nibus de Belo Horizonte, lojistas das avenidas Santos Dumont e Paran� come�aram a respirar um pouco mais aliviados na �ltima semana. A abertura de duas esta��es – na Paran�, esquina com Rua Tamoios, e na Santos Dumont, esquina com Rua S�o Paulo – j� resultou em mais movimento para as lojas, antes assombradas por perdas no faturamento que chegaram a 90% em alguns casos. Sem nenhum evento capaz de impulsionar as vendas, h� quem tenha registrado incremento de at� 30% nas vendas de janeiro, ante o mesmo m�s do ano passado.

Outros comerciantes j� perceberam aumento de at� 40% no tr�fego de pessoas, mas ainda esperam uma convers�o em vendas. “S� de tirarem as m�quinas da minha porta o movimento j� aumentou. Os consumidores voltaram a ver a nossa fachada”, confessa o propriet�rio da Nova BH, que fica na Avenida Paran�, e tamb�m presidente da Associa��o dos Comerciantes do Hipercentro, Fl�vio Assun��o. Contudo, ele pondera que como a abertura das esta��es ocorre de forma parcial, o movimento nas lojas tamb�m tem crescido aos poucos. “Pelos n�meros da prefeitura, a expectativa � de 700 mil pessoas circulando diariamente pelas esta��es, mas at� agora esse volume gira em torno de 30 mil, o que nos d� um cen�rio incipiente”, explica.

Entre os motivos para o fluxo ainda n�o impactar positivamente as vendas, Assun��o destaca a incerteza do tempo de espera do passageiro entre um �nibus e outro. “Se tivessem seguran�a do hor�rio, se o �nibus passasse de cinco em cinco minutos, eles comprariam mais. Como n�o sabem, acabam ficando dentro das esta��es”, comenta. Ainda de acordo com Assun��o, outra percep��o que se tem � que os lojistas localizados pr�ximos �s esquinas, onde tamb�m fica a entrada das esta��es, sejam os mais beneficiados pelo fluxo de pedestres e passageiros do BRT/Move que os comerciantes que ficam na extens�o da avenida.

Mesmo diante de algumas preocupa��es, ainda sem resposta para os comerciantes, eles esperam que o fato de o passageiro conseguir chegar com mais agilidade ao Centro retome o ritmo de vendas do com�rcio de rua da regi�o. “Se o consumidor conseguir chegar mais r�pido, vai voltar a frequentar o Centro porque sabe que aqui compra mais barato”, afirma Assun��o. A expectativa dele e de outros lojistas � de que at� maio, quando o sistema ser� totalmente entregue � popula��o, os comerciantes iniciem de fato uma retomada frente dos preju�zos.

Bons ventos

O presidente da C�mara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, confirma que o per�odo p�s-obras tem sido marcado por boas expectativas entre os comerciantes, j� que a novidade, al�m de valorizar a regi�o, d� mais valor ao pr�prio com�rcio. Os poss�veis ganhos, assim como as perdas, s�o para ele intang�veis. “A regi�o est� mais bonita e prazerosa de andar e a impress�o que se tem � que os empres�rios tamb�m ter�o de melhorar suas lojas, j� que o ambiente est� mais qualificado”, comenta, lembrando a import�ncia da garantia de ilumina��o e seguran�a para a retomada definitiva da Regi�o Central como local de compras.

Confiante em um cen�rio mais positivo, Fernando Soares voltou a empreender na Avenida Santos Dumont. Depois de fechar as portas de uma loja de celulares, que teve o faturamento atingido pelas obras, optou por abrir no mesmo espa�o a loja de sucos A�a� Mineiro. A inaugura��o ocorreu h� uma semana, junto com o lan�amento do BRT/Move. “Acredito que as esta��es e a circula��o de mais gente v�o trazer bons resultados para a loja nos pr�ximos meses”, conta. Nos primeiros dias de funcionamento, ele garante que o lucro tem sido suficiente para pagar as contas. “As pessoas est�o come�ando a frequentar mesmo sem grande circula��o dos �nibus, e isso nos mostra o potencial do neg�cio”, observa Cristiano Alberto, gerente da �gua de Cheiro da Avenida Paran�, garante que a retirada dos tapumes e a volta dos pedestres �s ruas deu mais visibilidade � loja, tornando as vendas mais frequentes. Em uma semana, a loja j� registrou aumento de 40% no fluxo de clientes. “� um resultado bom, mas para recuperar o tempo perdido nosso objetivo � que as vendas cres�am at� 200% no m�s”, afirma. Durante os dois anos de obra, a perfumaria passou por redu��o no quadro de funcion�rios e registrou perdas de at� 70% nas vendas.

Na BH Loja do Cabeleireiro, na Avenida Santos Dumont, as vendas ainda n�o surpreendem o supervisor administrativo Aguinaldo Rodrigues, mas a estimativa � de que at� maio haja incremento de 70% no faturamento. “Em uma semana o fluxo melhorou algo em torno de 10%, mas as vendas ainda n�o acompanharam”, diz.

Do outro lado, na Avenida Paran�, o gerente da Cal�ados Amig�o, que faz esquina com a Rua Tamoios, onde uma das esta��es recebe passageiros, Geraldo Noronha, conta que tamb�m ainda n�o sentiu melhora. O problema, segundo ele, ultrapassa as obras e pode ser explicado pelo pr�prio bolso do consumidor, que est� com a renda mais comprometida. “Se a pessoa tem dinheiro, ela compra, mas ningu�m est� gastando”, diz. A inaugura��o do BRT/Move, para ele, pode resultar em mais vendas.


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