A infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,73% em mar�o, ap�s subir 0,70% em fevereiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A alta de 0,73% � a maior para meses de mar�o desde 2003, quando o indicador subiu 1,14%, de acordo com a s�rie hist�rica divulgada pelo IBGE. Quando considerados todos os meses, a taxa este m�s � a mais elevada desde dezembro de 2013, quando atingiu 0,75%.
O �ndice acumula taxas de 2,11% no ano e 5,9% nos �ltimos 12 meses. A infla��o em mar�o � influenciada principalmente pelo grupo alimenta��o e bebidas, que teve taxa de 1,11% no m�s. Entre os produtos que mais contribu�ram para a infla��o, est�o o tomate (28,53%), a batata-inglesa (14,59%), as hortali�as (12,72%), os ovos (3,07%) e as frutas (2,05%).
O per�odo de coleta do IPCA-15 foi de 14 de fevereiro a 14 de mar�o. Com o resultado anunciado nesta sexta, o �ndice j� acumula altas de 2,11% no ano e de 5,90% em 12 meses.
A��o do governo
O festival de aumentos dos pre�os dos alimentos levar� o governo a tomar medidas para atenuar a alta da infla��o. Em reuni�o prevista para a pr�xima ter�a-feira, a c�mara t�cnica do Conselho Interministerial de Estoques P�blicos de Alimentos (Ciep) determinar� a venda de estoques de milho para abastecer algumas regi�es, sobretudo o Nordeste, e discutir� a��es em alimentos b�sicos, como o feij�o, afetado pelo clima nas principais �reas produtoras do Pa�s.
O movimento do conselho corrobora o alerta do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, aos senadores nesta semana, sobre o impacto do choque de pre�os nos alimentos na infla��o. Em plena safra dos gr�os, esperava-se recuo nos pre�os. Mas as cota��es seguem trajet�ria ascendente pela terceira vez nos �ltimos anos.
No governo, avalia-se que a escalada dos principais itens de alimenta��o continuar� nos pr�ximos dois meses. “Temos essa preocupa��o, sim. Por isso, vamos tomar medidas”, disse o novo ministro da Agricultura, Neri Geller, ao jornal O Estado de S. Paulo.
Os elementos que sustentam a previs�o reservada do governo v�o desde a seca prolongada at� as chuvas que afetaram hortigranjeiros, gerando a “infla��o da salada”. Nessa conta tamb�m est� a demora na recomposi��o dos estoques globais, a redu��o da oferta mundial de produtos b�sicos, incluindo milho nos Estados Unidos e trigo na Ucr�nia. A origem da escalada, avalia-se, est� na quebra hist�rica da safra americana de 2012 e na mudan�a estrutural do padr�o de consumo na �sia, especialmente na China.