A decis�o de divulgar o balan�o financeiro da Petrobras sem contabilizar as perdas envolvendo a corrup��o apurada pela Opera��o Lava Jato teve o dedo do Pal�cio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff acompanhou pessoalmente o assunto.
A posi��o dos ex-ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) de n�o aceitar as baixas cont�beis seguiu orienta��o do Planalto. O entendimento � que incluir o preju�zo no balan�o colocaria em risco a empresa, que poderia ter suas contas rejeitadas por CVM e SEC, com s�rias consequ�ncias para sua diretoria e conselheiros.
Para o governo, incluir tal preju�zo seria "chancelar" um dado sobre desvios que poderiam ter ocorrido na empresa. Ningu�m, na verdade, sabe precisar de quanto � o rombo, avalia-se.
Dentro desse racioc�nio, a decis�o foi de que o melhor � n�o apresentar nenhum dado, por ora, at� se encontrar o m�todo considerado aceit�vel de precis�o de c�lculo. O Planalto entende que � melhor enfrentar o desgaste da oscila��o das a��es da empresa do que apresentar um n�mero que ser� questionado.