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Estado de Minas

Ministro Levy admite recess�o neste ano


postado em 19/02/2015 00:12 / atualizado em 19/02/2015 07:20

No dia em que o mercado estimou, pela primeira vez, um resultado negativo para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu a investidores norte-americanos que o Brasil poder� ter recess�o neste ano. Apesar disso, o pa�s conseguir�, garantiu, cumprir a meta de super�vit prim�rio prometida por ele quando foi indicado ao cargo mais importante da economia brasileira, ainda em 2014, de 1,2% do PIB ou R$ 66 bilh�es. Em palestra para investidores em Nova York, o ministro reconheceu que o Brasil derrapou no quesito fiscal em 2014, mas afirma que a situa��o j� est� sendo corrigida. Segundo ele, “h� muito ainda a ser feito” e a “consolida��o vai continuar”. Na apresenta��o para os 185 presentes, Levy estimou um super�vit — economia realizada pelo governo para pagamento dos juros da d�vida — de 2% do PIB para 2016 e 2017 e garantiu que a proje��o est� em linha com o mercado.


“Ainda n�o considero um super�vit de 1,2% imposs�vel, mas acho muito dif�cil que o governo consiga entregar um resultado fiscal nessas propor��es”, analisa o economista s�nior do Besi Brasil, Fl�vio Serrano. Ele avalia que, diante do cen�rio de baixo crescimento da economia brasileira — especialmente se houver, de fato, racionamento de �gua e energia el�trica —, o pa�s n�o vai conseguir gerar receitas suficientes para o pagamento dos juros da d�vida. Serrano estima que um racionamento moderado pode gerar um impacto negativo de 0,5% no PIB. “� medida que n�o temos crescimento, a dificuldade de gerar receitas � maior. Al�m disso, o Or�amento brasileiro � muito r�gido, e isso impede um corte maior nas despesas”, completou. Para o economista, no entanto, um resultado menor do que os 1,2% previstos por Levy n�o necessariamente seria um ind�cio ruim. “Quanto mais pr�ximo de 1,2% melhor, mas, dependendo da forma como a situa��o fiscal for conduzida, um resultado pouco menor n�o seria completamente ruim. N�o nesse cen�rio de baixo crescimento e infla��o alta”, disse.

Investimento Para o ministro da Fazenda, a possibilidade de que o desempenho da economia desaponte este ano est� ligada ao decl�nio do investimento. Com o objetivo de minimizar o gargalo, a promessa de Levy � aumentar o di�logo com o mercado, al�m de priorizar a transpar�ncia na pol�tica fiscal. Para os especialistas, o maior fantasma do ministro, no momento, � a possibilidade de um rebaixamento da nota soberana brasileira pelas ag�ncias de classifica��o de risco, o que afastaria ainda mais os investidores e dificultaria a j� complicada situa��o da economia.

Na tentativa de manter a confian�a dos empres�rios e evitar uma debandada diante dos riscos de racionamento de energia e �gua, do baixo crescimento e da crise na Petrobras, o ministro viajou na ter�a-feira aos Estados Unidos onde, al�m da reuni�o com os investidores em Nova York, ministrou uma palestra em Washington. Ontem mesmo ele voltaria ao Brasil.


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