As altera��es na desonera��o da folha de pagamentos anunciadas nesta sexta-feira, pelo governo representam um grande retrocesso e colocam ainda mais press�o sobre a competitividade dos produtos brasileiros, afirmou o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Materiais de Constru��o (Abramat), Walter Cover.
De acordo com ele, o aumento da al�quota de 1% para 2,5% sobre a receita bruta das fabricantes de material de constru��o n�o poderia ter vindo em pior momento e aumenta os custos das empresas em um mercado de demanda baixa.
"Com a al�quota sobre o faturamento passando dos atuais 1% para 2,5%, a duramente obtida desonera��o da folha perde o sentido", criticou Cover. "Praticamente nenhum setor, nenhuma empresa vai optar pelo novo mecanismo e volta tudo como era antes."
A Medida Provis�ria 669, publicada nesta sexta no Di�rio Oficial da Uni�o, revisa as regras da desonera��o da folha de pagamento adotadas em 2011 para diversos setores produtivos. A partir de junho, as empresas que recolhiam 2% do faturamento para a contribui��o da previd�ncia de seus funcion�rios passar�o a pagar 4,5% da receita e as que recolhiam 1%, como � o caso do segmento de material de constru��o, passar�o a pagar 2,5%.
A desonera��o da contribui��o previdenci�ria sobre a folha de pagamentos foi adotada em 2011 para reduzir os gastos com a m�o de obra. Naquele ano, o governo passou a desonerar a folha de alguns setores substituindo o imposto de 20% sobre o sal�rio por uma al�quota cobrada do faturamento das empresas, que variava de 1% a 2% dependendo da companhia.
