A mudan�a no sistema de desonera��o da folha de pagamento agrava as dificuldades da ind�stria, avalia a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). Em nota, a entidade afirma que recebeu com "extrema preocupa��o" essa altera��o. "Para um setor que vem perdendo a competitividade � mais uma medida de impacto expressivo sobre sua capacidade de enfrentar os desafios da competitividade global", argumenta a confedera��o.
A CNI afirma reconhecer a import�ncia do ajuste fiscal, mas aponta que a revis�o das al�quotas da desonera��o � um retrocesso para a competitividade de muitos setores, em um cen�rio de forte concorr�ncia internacional. "Tal medida gerar� forte impacto para a ind�stria e para a economia nacional, com consequ�ncias inclusive para a manuten��o de empregos", aponta a entidade.
A confedera��o avalia, ainda, que os problemas que afetam a competitividade da ind�stria t�m se agravado ao longo dos anos, o que reflete na perda de participa��o industrial no Produto Interno Bruto (PIB). A CNI alerta que custo unit�rio do trabalho no Brasil "cresceu nos �ltimos dez anos de forma expressiva, acima de pa�ses com quem concorremos diretamente". A esse custo, adverte a entidade, "acrescenta-se o peso elevado dos encargos que superam o dos nossos competidores".
Para a CNI, o ajuste fiscal � necess�rio, mas precisa vir acompanhado de uma agenda que promova a competitividade e melhore o ambiente de neg�cios. O governo publicou a Medida Provis�ria 669 no
Di�rio Oficial da Uni�o desta sexta-feira, estabelecendo que, a partir de junho, as empresas que recolhem 2% do faturamento para a Previd�ncia passem a arcar com 4,5%. J� aquelas que pagam 1% ter�o de recolher 2,5%.
