O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, aproveitou o "F�rum de Infraestrutura - Os desafios para o futuro do Brasil", promovido pela C�mara Espanhola de Com�rcio, para garantir aos investidores, incluindo os internacionais, que o novo plano de concess�es em infraestrutura ser� diferente, com pre�os e taxas determinados pelo mercado.
Barbosa afirmou que o governo busca melhorar os marcos regulat�rios, com altera��es nos crit�rios de licita��o e editais, por exemplo. "Vamos adotar remunera��o compat�vel com custos e riscos de constru��o, j� foi assim no leil�o da Ponte Rio-Niter�i. Vai ser fixado com base nos custos e taxas de mercado", afirmou.
O ministro tentou refor�ar a viabilidade do plano, que soma R$ 198,4 bilh�es. Segundo ele, antes de anunciar os projetos o governo conversou com as administra��es regionais e o setor privado para saber quais eram as concess�es mais vi�veis. "Todos nossos projetos t�m pelo menos duas empresas que j� demonstraram interesse privadamente", garantiu.
O chefe do Planejamento afirmou que a realidade econ�mica brasileira e internacional mudou e � preciso se adaptar, mas algumas coisas continuam iguais, como as oportunidades de investimento em infraestrutura. "Temos uma demanda reprimida muito elevada", afirmou. Ele citou dados sobre a produ��o de gr�os, o movimento de passageiros nos aeroportos, o aumento da frota de ve�culos e o uso dos portos brasileiros, todos com crescimento de mais de 100% desde 2000. "H� demanda e h� oportunidade de investimento. O desafio do governo � transformar isso em projetos vi�veis".
Ele mencionou ainda o uso do cr�dito direcionado, via BNDES, para incentivar e alavancar o cr�dito privado, com a emiss�o de deb�ntures, e assim desenvolver o mercado de capitais mais rapidamente.
Barbosa disse que nos �ltimos anos o governo vem tentando aumentar a taxa de investimento, que atualmente est� abaixo de 20% do PIB. "Nossa taxa de investimento � relativamente baixa para um pa�s de renda m�dia que tem de acelerar o crescimento". Segundo ele, elevar os investimentos � essencial para que a recupera��o do crescimento seja sustent�vel, ou seja, dure v�rios anos.
O ministro mostrou gr�ficos que mostram que a taxa de investimento do Brasil est� mais ou menos no meio termo entre os principais pa�ses do mundo. Na subdivis�o, em m�quinas e equipamentos o Brasil vai at� bem, mas fica para tr�s quando se trata de investimentos em constru��o civil.
