O novo pacote de concess�es anunciado pelo governo na semana passada � uma evolu��o em rela��o ao anterior e mostra que o governo busca o equil�brio entre o que � bom para uma concess�o e um investimento de longo prazo, na avalia��o do presidente do Citi no Brasil, H�lio Magalh�es. "O modelo anterior tinha exig�ncias principalmente pelo ponto de vista de retorno que n�o foram bem aceitas pelo mercado. S�o investimentos de muitos anos. A vari�vel risco tem import�ncia significativa e impacta a outra vari�vel que � o retorno", disse ap�s palestrar no Ciab, da Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban).
O governo tem de, o quanto antes, na sua opini�o, puxar a agenda de infraestrutura, porque embora de um lado seja um dos motores do crescimento econ�mico do Brasil � tamb�m um gargalo. "N�o temos avan�ado na velocidade que precisamos", ressaltou Magalh�es.
O Citi, que j� participou de financiamento de concess�es no Brasil, tem olhado diversas maneiras de atuar no segmento de infraestrutura, conforme Magalh�es, project finance, fundos de infraestrutura, e o governo est� aberto para o debate e para ouvir sugest�es dos bancos. Segundo ele, um dos pap�is que o Citi pode desempenhar no �mbito das concess�es � atrair investidores estrangeiros. "Quem conhece o Brasil sabe que de vez em quando o Pa�s passa por momentos mais dif�ceis, mas � grande e com oportunidades significativas. Ningu�m deveria desprezar o Brasil. Pode ser mais cauteloso", afirmou o presidente do Citi.
Apesar disso, ele falou que h� investidores come�ando a olhar o Brasil e que obteve informa��es de que o n�mero de perguntas em rela��o ao Pa�s cresceu, sinalizando uma melhora na atratividade de investidores. Existem ainda, conforme o executivo, grandes empresas analisando o segmento de infraestrutura no Brasil.
"As janelas abrem e fecham muito r�pido no mundo. Se ficar esperando todas as nuvens se dissiparem, c�u azul, j� foi. � preciso encontrar o momento certo para entrar. A infraestrutura, certamente, � uma delas", avaliou.
Para ele, a recess�o no Brasil deve ser branda, mas lenta. O presidente do Citi n�o espera que a Produto Interno Bruto (PIB) recue 2% neste ano. Segundo o executivo, a recess�o deve ser de 1,4%, mas no ano que vem o Pa�s j� volta a crescer a taxas de 1,7%, 1,8%.
