O Ita� Unibanco revisou suas proje��es macroecon�micas para o Brasil e agora espera uma contra��o de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, ante perspectiva anterior de -1,5%. Para 2016, a previs�o foi cortada mais que pela metade, passando para 0,3%, de 0,7% antes. Segundo o banco, os indicadores de atividade econ�mica continuam se deteriorando e o �ndice de difus�o, baseado em um conjunto amplo de dados, segue em n�veis pr�ximos aos da crise financeira de 2008.
No caso da infla��o, a proje��o para 2015 passou para 8,8%, de 8,5% antes, embora a expectativa para 2016 tenha sido mantida em 5,5%. Para a Selic, as condi��es mudaram e agora o banco espera uma �ltima alta de 0,5 ponto porcentual em julho. J� para o super�vit prim�rio, o Ita� v� resultado de 0,7% do PIB este ano, quando antes previa 0,8%, e 1,2% no pr�ximo (de 1,5% esperados anteriormente).
O cen�rio do Ita� contempla ainda um ajuste gradual nas contas externas, com a proje��o para o c�mbio no fim deste ano passando para R$ 3,20 (de R$ 3,10 antes) e chegando a R$ 3,50 no fim de 2016 (de R$ 3,40 antes). Mesmo assim, a proje��o para o saldo comercial este ano ficou est�vel em US$ 4 bilh�es, sendo que o resultado da conta corrente deve ser deficit�rio em US$ 80 bilh�es.
"A combina��o de infla��o maior e crescimento menor tornou o cen�rio mais desafiador. Os indicadores antecedentes e coincidentes de atividade sugerem nova contra��o da produ��o e aumento do desemprego � frente", diz o Ita� no relat�rio. O banco afirma que a queda do PIB no segundo trimestre deve ser pior do que se antecipava, com a recupera��o este ano limitada pela continuidade dos ajustes macroecon�micos e pelo consumo fraco.
No �mbito da pol�tica fiscal, o Ita� ressalta que o gasto p�blico est� em queda este ano, apesar do pagamento de despesas atrasadas, incluindo a retomada dos repasses do PSI, com a proje��o de que as despesas com a equaliza��o de juros cheguem a R$ 9 bilh�es em 2015. � medida que o pagamento de despesas atrasadas seja reduzido e uma base de compara��o mais favor�vel entre na conta, o banco prev� uma queda real de 6,0% no gastos p�blicos este ano. O problema � que a arrecada��o tamb�m est� em baixa, com mudan�as mais brandas em algumas medidas do ajuste propostas pelo governo e um recebimento menor de dividendos.
Apesar da atividade fraca, a expectativa � que o BC s� tenha espa�o para reduzir a Selic a partir do segundo trimestre do ano que vem. "A partir da�, com o IPCA acumulado em 12 meses voltando ao intervalo da meta, o BC deve iniciar um ciclo de queda de juros, rumo a 12,00%", afirma o Ita�.