
Seja em uma grande organiza��o, onde a hierarquia est� bem definida, ou em uma empresa onde o presidente divide a sala com a equipe, ter funcion�rios motivados e dispostos a aderir ao projeto, � uma tarefa permanente para corpora��es de todos os portes. Nem sempre os investimentos para motivar a turma, significam desembolso alto. Postura transparente, feedbacks (retorno) constantes, aportes destinados � carreira do funcion�rio, rendem sempre bons resultados. O importante � que uma vez implementadas, as medidas sejam permanentes e continuem a ganhar for�a nos processos das empresas, de forma cont�nua e sustent�vel.
Mariana Andrade � gerente de Recursos Humanos na Samba Tech, empresa de tecnologia da informa��o. Para ela, a percep��o � de que a transforma��o da empresa em um local onde funcion�rios queiram entrar e ficar, muitas vezes, n�o envolve grande volume de recursos. Na opini�o dela, o principal ativo est� na cultura s�lida e na atua��o de funcion�rios engajados na proposta. “A cultura n�o � comprada, ela � desenvolvida”, diz.
A Samba Tech – que participa das premia��es GPTW nacional, sendo listada entre as melhores empresas para se trabalhar na �rea de tecnologia da informa��o –, tem 54 funcion�rios e j� nasceu dentro do conceito de valoriza��o do capital humano. Para isso, v�rias a��es s�o desenvolvidas. “Buscamos inspirar nossos profissionais todos os dias e investimos no desenvolvimento da carreira”, diz Mariana.
O ambiente na empresa � informal e n�o existe a sala do presidente ou a do diretor. “Hierarquia n�o � o nosso forte”. Na organiza��o, a comunica��o entre chefes e funcion�rios � feita de forma direta. Existem premia��es e reconhecimento das ideias inovadoras, a pol�tica de feedback (retorno) � constante e um estagi�rio pode fechar um bom neg�cio. “Nosso forte � a meritocracia”, explica a gerente de RH da Samba Tech.
Os funcion�rios da empresa t�m, em m�dia, 28 anos e a promo��o salarial e de evolu��o na carreira � permanente. Os pr�prios colegas avaliam uns aos outros, votando nos projetos que consideram mais inovadores, conta Mariana. Ela diz, ainda, que a transpar�ncia � uma esp�cie de fio condutor. “A empresa presta contas com muita transpar�ncia aos seus funcion�rios, explicitando suas receitas e despesas para que eles tenham ci�ncia de como a empresa est�”.
H� dois anos e meio, a professora de ingl�s Jaqueline Miranda foi aprovada em um processo seletivo da Cultura Inglesa, iniciando nova fase de sua vida profissional. Ela afirma que se identifica com os valores e a cultura da empresa e se sente “muito feliz” no seu local de trabalho. Os pontos positivos, para acordar todos os dias motivada, s�o v�rios, mas a professora aponta principalmente a assist�ncia e o suporte recebidos para desenvolver sua atividade.
As boas ferramentas, o acesso direto aos seus coordenadores, o clima cooperativo de trabalho, as possibilidades de crescimento profissional e o investimento da organiza��o na qualifica��o s�o destacados por Jaqueline. “Quando comecei a trabalhar na empresa eu tinha um certificado de institui��o estrangeira em l�ngua inglesa, hoje tenho cinco. Sinto-me uma profissional mais capacitada e competente”, avalia Jaqueline. Ela, que j� teve a experi�ncia de trabalhar por seis meses em um setor que n�o gostava, disse que fez um trato consigo mesma. “Prometi que nunca mais trabalharia infeliz”, lembra.
Transpar�ncia na contrata��o
A constru��o de uma equipe motivada come�a no processo seletivo, defende Eliane Ramos de Vasconcellos, diretora da Associa��o Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-MG). Segundo ela, os funcion�rios devem compartilhar da cultura da empresa, primeiro passo para um trabalho com motiva��o. Para a especialista, as empresas mineiras est�o mais preocupadas com o capital humano do que j� o foram no passado. Resultado disso s�o equipes mais produtivas que garantem melhores resultados.
Mariana Andrade confirma que o processo de motiva��o dos funcion�rios tem in�cio na contrata��o. “O processo seletivo deve ser bem transparente, mostrando ao funcion�rio qual o suporte a empresa pode lhe dar para o desenvolvimento da carreira”, afirma. A especialista tamb�m lembra que para as a��es funcionarem � preciso envolver toda a organiza��o. “Para se ter um bom clima as a��es devem ser implementadas de cima para baixo para que toda a gest�o compre a ideia. S� assim, os processos se tornam fortes e sustent�veis.”