O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje que a pior fase da crise econ�mica do Brasil j� foi superada, mas as medidas do ajuste fiscal dever�o ter continuidade. Para ele, com o d�lar mais valorizado, a retomada do crescimento da economia ser� puxada pelas empresas voltadas �s exporta��es. O ministro prev� que muitos artigos importados poder�o ser substitu�dos pela oferta de itens produzidos pela ind�stria brasileira, o que ajudar� a aquecer as atividades internas.
“A economia est� se reequilibrando”, defendeu Levy ao falar a um grupo de empres�rios, em um encontro promovido pela C�mara Americana de Com�rcio (Amcham). Ele argumentou que houve melhora nas contas externas, no balan�o de pagamentos e que h� um ambiente mais prop�cio para atrair investimentos estrangeiros.
Entre os pontos que sinalizam nessa dire��o, disse que a Petrobras resgatou seu papel na economia. Tamb�m citou a ag�ncia de avalia��o de risco Moody's, que manteve o grau de investimento do Brasil. Al�m disso, o ministro lembrou que o pa�s n�o corre mais risco de racionamento de energia el�trica.
Levy reconheceu como “desconfort�veis” as medidas do ajuste fiscal, mas justificou que os resultados trar�o benef�cios no m�dio prazo. Para 2016, o ministro prev� que a infla��o deve convergir para algo entre 5% e 5,5% e, em 2017, deve alcan�ar o centro da meta em 4,5%.
O ministro tamb�m considerou a redu��o da atividade econ�mica no pa�s como consequ�ncia natural de uma retra��o em importantes mercados, como o da China – que implicou em queda de pre�os das commodities. “O Brasil tem que fazer uma reengenharia muito importante j� que n�o tem aquele empurr�o das commodities”, disse ele.
No encontro, ele defendeu mudan�as na arrecada��o do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) para a retomada do crescimento econ�mico, sendo favor�vel a cobran�a do tributo no destino.