Bras�lia, 16 - O Banco Central divulgou nesta quarta-feira, 16, nota � imprensa para comentar o rebaixamento do Pa�s feito pela ag�ncia de classifica��o de risco Fitch. A ag�ncia Standard & Poors tamb�m j� havia anunciado o rebaixamento do Pa�s em 9 de setembro deste ano. "A reclassifica��o da nota soberana do Pa�s pela Ag�ncia Fitch n�o altera o sentido ou a intensidade do ajuste macroecon�mico em curso, que j� demonstra resultados concretos", afirma o comunicado do BC.
De acordo com a institui��o, a consolida��o da posi��o fiscal seguir� avan�ando e se prev� uma "importante desinfla��o" em 2016. Apesar de contar com a desacelera��o dos �ndices de infla��o no ano que vem, em especial dos pre�os administrados, vale lembrar, no entanto, que a autoridade monet�ria se prop�s � tarefa de conter a alta dos pre�os no ano que vem para um patamar entre o centro (4,5%) e o teto (6,5%) da meta e que prev� a converg�ncia da infla��o para o objetivo de 4,5% apenas em 2017. De qualquer forma, o BC acredita que esses fatores ser�o "essenciais" para a recupera��o da atividade econ�mica em "bases sustent�veis" � frente.
"O Brasil possui robustos colch�es de liquidez para atenuar ajustes nos pre�os de ativos e para mitigar excessiva volatilidade no mercado", trouxe a nota. Para o BC, esses colch�es garantem uma "s�lida posi��o de liquidez internacional" porque as reservas internacionais do Pa�s s�o cerca de dez vezes maiores que o estoque da d�vida soberana externa.
As reservas internacionais somam hoje aproximadamente US$ 370 bilh�es. Apesar de apelos feitos por parte do mercado financeiro em setembro, ap�s o rebaixamento pela S&P, o BC preferiu n�o usar recursos dessas reservas para atuar no mercado de c�mbio. Preferiu usar instrumentos como leil�es de linha (opera��o conjugada de venda de spot com recompra a termo) e leil�es de swap cambial. Ontem mesmo, em audi�ncia p�blica no Senado, o presidente Alexandre Tombini ressaltou que as interven��es do BC visaram a diminuir a oscila��o de pre�os e � prote��o de agentes, e n�o a determinar um patamar espec�fico para o d�lar.
O BC salientou ainda no comunicado que a "expressiva" redu��o no d�ficit em conta corrente ocorrido em 2015 e a indica��o da intensifica��o dessa tend�ncia em 2016 s�o indicadores da solidez da situa��o externa do Brasil. A previs�o atual do BC � de um rombo de US$ 65 bilh�es das transa��es correntes este ano. Na segunda-feira da semana que vem � poss�vel que a institui��o ainda revise esse n�mero quando divulgar a nota do setor externo.
A autoridade monet�ria ressaltou ainda no documento divulgado que a economia brasileira vem recebendo fluxos "relevantes" de investimentos diretos e de carteira. A proje��o do BC para o ingresso de Investimento Direto no Pa�s em 2015 � de US$ 65 bilh�es e, segundo dados atualizados hoje pela institui��o, o fluxo cambial acumulado do ano est� levemente maior do que US$ 10 bilh�es. Os progn�sticos � frente, segundo a institui��o, indicam a continuidade dessa tend�ncia.
"Esse conjunto de fatores, entre outras caracter�sticas de higidez da economia nacional, deixam o Pa�s preparado para mudan�as nos cen�rios econ�micos interno e externo."