
“Na medida em que a economia come�ar a melhorar, Jeceaba tem perspectivas. Se a empresa fechasse, quebraria o munic�pio”, afirma o prefeito. A crise na ind�stria sider�rgica, que afetou o ritmo de produ��o da f�brica, imp�s tempos dif�ceis. A receita do Imposto sobre Servi�os (ISS), que havia alcan�ado R$ 3,6 milh�es por m�s, desceu a R$ 1,1 milh�o por m�s no ano passado. Com o recuo geral da arrecada��o do Imposto sobre a Circula��o de Mercadorias e Presta��o de Servi�os (ICMS) no estado, � esperada uma diminui��o de 40% do repasse ao munic�pio neste ano.
Retrato das dificuldades, as obras do centro administrativo da prefeitura, no Bairro Camapu�, iniciadas na gest�o passada, quando o prefeito era J�lio C�sar Reis pelo PT, foram paralisadas e o mato invade a �rea em meio ao abandono, servindo de pasto e abrigo de animais. O projeto consumiu R$ 11 milh�es, de acordo com o prefeito, que tem priorizado investimentos em educa��o e sa�de. “� torcer para a crise passar logo”, afirma Vasconcelos.
� tamb�m o que esperam empreendedores locais, a exemplo de Daniel Augusto de Souza Pereira. H� cerca de dois anos, ele abriu a academia de gin�stica OneFit, que sofreu o abalo em 2015. A demanda pelos servi�os caiu a um ponto de levar Daniel a vender o carro para continuar pagando o aluguel do im�vel onde o neg�cio foi instalado. Como rea��o, os servi�os foram ampliados para aulas coletivas de artes marciais e dan�as. “Agora estabilizamos, mas ainda estamos na luta”, afirma.
SOBREVIV�NCIA Com a desacelera��o dos projetos da Vale, a receita de S�o Gon�alo do Rio Abaixo encolheu 30% no ano passado, freando o ciclo de quase 10 anos de expans�o. A fam�lia de Leandro Amora, dono do Supermercado Amora, come�ou o neg�cio com um pequeno armaz�m, h� 33 anos, e, como a cidade, prosperou. Ele chegou a ser eleito empreendedor do ano. A crise de demanda e pre�os do min�rio de ferro que afetou a Vale, no entanto, fez a receita municipal encolher 18% desde o segundo trimestre de 2015 e pegou o comerciante em meio a uma amplia��o. A inadimpl�ncia dos clientes no cheque dobrou, chegou a 30% e fez Leandro desistir de aceitar a moeda. “O problema de nossa economia � que somos dependentes do que uma �nica empresa produz. Se ela vai bem, estamos bem, se entra em crise, n�s sofremos”, avalia.