
A estrutura das 14 pontes do novo terminal de embarque de passageiros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, de Confins, j� est�o erguidas e, neste momento, a obra atinge o pico de produ��o. Com oito meses de atraso frente ao calend�rio inicial, a reforma estar� pronta em dezembro para que o terminal possa receber at� 22 milh�es de passageiros, movimento projetado para 2025. Neste ano, o ritmo de crescimento sofreu o freio imposto pela crise da economia brasileira. Se os voos desapareceram do terminal da Pampulha, Confins n�o ficou imune e tamb�m sentiu os efeitos da recess�o.
Para o coordenador do curso de ci�ncias aeron�uticas da universidade Fumec e piloto de jatos Ant�nio Roberto Zanata, a chave para a avia��o nacional est� nas pol�ticas p�blicas. Segundo ele, os custos das tarifas aeron�uticas e do querosene de avia��o s�o t�o altos no pa�s, que encarecem as passagens, reduzem a demanda e fazem os voos internacionais ser mais vantajosos para as companhias em rela��o �s rotas dom�sticas.
O especialista lembra que as obras de Confins no per�odo da Copa do Mundo atrasaram e ficaram caras. Agora, o movimento previsto para a pr�xima d�cada pode n�o se concretizar, caso as pol�ticas p�blicas para a avia��o n�o sejam retomadas. Quanto ao terminal da Pampulha, Zanata diz que ele depende, sobretudo, de decis�es pol�ticas para a avia��o regional.
O especialista lembra que as 12 empresas regionais que operavam no pa�s foram reduzidas a tr�s. “Existem pelo menos oito aeroportos no pa�s que foram reformados e como Pampulha, est�o vazios.” Zanata aponta que a parcela da taxa de embarque que era destinada � avia��o regional, para cobrir at� 40% dos custos de acentos vazios, continua sendo paga pelo consumidor, mas n�o tem mais como destino as companhias. “O pa�s tem necessidade de ter empresas regionais, mas n�o h� est�mulo, por isso elas encolheram e foram saindo do mercado.”
Emabate gerencial
Neste ano, o valor da outorga fixa anual referente a concess�o de Confins (R$ 74,44 milh�es) foi depositado em ju�zo, j� que n�o houve acordo administrativo entre a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria (Infraero) e a concession�ria. Segundo a BH Airport, o cons�rcio investiu R$ 120 milh�es em obras que seriam de responsabilidade da Infraero, nas salas de embarque e tamb�m na pista.
O Terminal 1, o mais antigo do aeroporto, ainda t�m longo calend�rio de obras pela frente e pode ser alvo de batalha judicial envolvendo R$ 270 milh�es. As obras estruturais, como reforma no teto, piso e nas instala��es tamb�m dependem de acordo entre a concession�ria e a Infraero, que travam discuss�o na Justi�a. Paulo Rangel, diretor-presidente da concession�ria, diz que a empresa pode realizar os servi�os: “mediante a remunera��o.”
Segundo a Infraero, as obras de reforma e amplia��o do terminal de passageiros 1 do aeroporto internacional tiveram in�cio em setembro de 2011, mas o cons�rcio Marquise/Normatel desisitiu do projeto. Por quest�es legais, os servi�os foram paralisados, mas podem ser retomados mediante licita��o ou execu��o pela pr�opria BH Airport. Sobre a amplia��o do sistema de pistas e p�tios, a empresa estatal informou, em nota, que est� em negocia��o com a BH Airport. A tentativa de acordo envolve discuss�o de projetos e a nova metodologia do escopo remanescente.
