Faltando poucos dias para o t�rmino da megaliquida��o Liquida Silviano Brand�o, corredor especializado do com�rcio de Belo Horizonte em mobili�rio para casa e escrit�rios, lojistas aumentam a expectativa para o final da maratona. Na primeira semana da promo��o conjunta, que come�ou no �ltimo dia 27 e se estender� at� domingo, o movimento correspondeu ao esperado e muitos consumidores fizeram seus or�amentos, pesquisaram e parte deles optou, inclusive, por comprar � vista. As cerca de 200 lojas do setor instaladas ao longo da avenida localizada na Regi�o Leste de BH que participam do evento anunciam a pre�os atrativos sof�s, cadeiras e mesas, entre outros itens.
A promo��o do polo moveleiro, que est� na quinta edi��o, oferece descontos de at� 50% em m�veis e, al�m disso, condi��es de pagamentos facilitadas. A expectativa dos lojistas � de que at� o fim da liquida��o, o faturamento aumente em mais de 70%, j� que, neste ano, por causa da crise econ�mica, a queda nas vendas chegou a 40%. Segundo o vendedor do Cadeiras & Cia Wellington Lu�s do Santos, os primeiros dias da megaliquida��o levaram cerca de 50 pessoas � loja todo dia.
“Foi um movimento melhor do que as �ltimas tr�s edi��es. Esperamos que nesta semana o fluxo de consumidores aumente em todos as lojas. O brasileiro tem mania de deixar tudo para a �ltima hora”, avalia Santos. Ele observa que, atualmente, os consumidores est�o negociando mais. “Temos cadeiras que custavam R$ 299 e hoje est�o sendo vendidas por R$ 129, um desconto de mais de 50%.”
Na Ambient M�veis, de acordo com o propriet�rio L�cio Carneiro, a expectativa para os �ltimos dias � grande. “Quem deixar as compras para a �ltima hora poder� encontrar a loja lotada”, diz. Segundo ele, h� no estabelecimento cerca de 100 pe�as em promo��o. Um dos itens mais procurados � um sof� retr�til que custava R$ 2.990 e passou a ser vendido por R$ 1.590. “O que temos reparado nesses dias � que pessoas com poder aquisitivo maior est�o procurando a liquida��o”, comenta. Al�m dos descontos, a loja aceita pagamento em at� 12 vezes.
Op��es em conta “N�o sabia da promo��o e fui pega de surpresa”, comemorou a t�cnica de Recursos Humanos Eliane Regina. Ontem, ela percorreu a Silviano Brand�o em busca de uma mesa de seis lugares. “Mesmo com a promo��o h� pre�os variados”, afirmou. De acordo com ela, a compra da mesa ser� por necessidade e a promo��o a incentivou a comprar. “Moro no Barreiro e, por l�, as coisas s�o mais baratas. Por�m, os m�veis na Silviano Brand�o est�o com pre�os melhores”, comparou.
De acordo com as vendedoras da Companhia do Sof� Vera Mour�o e Diana Rodrigues, h� muitos m�veis com pre�os bons para o consumidor, como poltronas que custavam R$ 1.290 e passaram a ser vendidas por R$ 690. “� uma boa oportunidade para quem est� precisando comprar algo para a casa”, comentou Vera. A liquida��o � organizada pelo Sindicato dos Lojistas do Com�rcio de Belo Horizonte (Sindilojas) e termina por volta das 13h de domingo. Nesta edi��o, a cada R$ 500 em compra, o cliente concorre a um carro zero-quil�metro.
De portas fechadas
Vera Batista
Bras�lia – Em apenas um ano e meio, o varejo brasileiro fechou 168,8 mil lojas. Em 2015, foram fechadas 100,9 mil unidades (27,8 mil no primeiro semestre e 73,1 mil no segundo). Nos seis primeiros meses de 2016, 67,9 mil estabelecimentos deixaram de funcionar, 2,4 vezes mais que no mesmo per�odo do ano passado. Os dados constam de estudo especial da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC), com base nas estat�sticas dos pontos onde h� trabalhadores com v�nculo empregat�cio.
O principal motivo para o resultado negativo, de acordo com F�bio Bentes, economista da CNC, foi a forte recess�o enfrentada pelo pa�s, que for�ou a alta das taxas de juros, restringiu o acesso ao cr�dito e fez o desemprego crescer. Somente neste ano, foram fechados 35.327 lojas no Sudeste. Na regi�o Sul, 14.161 fecharam as portas, assim como 7.780 no Nordeste; 6.916 no Centro-Oeste e 3.793 no Norte.
Embora a CNC n�o tenha feito previs�es de curto prazo, n�o descartou a possibilidade de piora. As vendas tendem a cair no Dia dos Pais e no Natal, a exemplo da P�scoa e do Dia das M�es, nas atuais 700 mil estabelecimentos lojistas do pa�s. “� a primeira vez, desde 2004, que teremos duas quedas consecutivas”, revelou F�bio Bentes.