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Estado de Minas

Aluguel proibitivo agrava situa��o no setor de bares e restaurantes, segundo a Abrasel

Ricardo Rodrigues, presidente da associa��o, recorda que no primeiro semestre de 2015, muitas empresas - cerca de 500 em BH -, fecharam as portas por causa da crise na economia


postado em 04/08/2016 00:12 / atualizado em 04/08/2016 07:39

Para o presidente da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Minas Grais, Ricardo Rodrigues, a situa��o do setor piorou em rela��o ao ano passado, com queda de 15% no com�rcio da alimenta��o fora de casa. Ele aponta que o alto valor dos alugu�is, al�m da crise na economia, continua sendo um dos fatores que atropela o empresariado no ramo na capital. Por meio de pesquisa nacional feita trimestralmente, a entidade tem constatado que a cada tr�s estabelecimentos no pa�s, um est� com as contas no vermelho. “Esses locais n�o mostram expectativa de chegar ao fim do ano com as portas abertas. H� uma crescente queda na demanda por causa da recess�o e do aumento dos alugu�is, uma vez que os donos de im�veis n�o est�o negociando com os inquilinos”, reclama.

Ainda de acordo com Rodrigues, para o empres�rio, tamb�m t�m afetado o neg�cio as fiscaliza��es do Minist�rio do Trabalho, que exige “coisas imposs�veis”. Ele cita, como exemplo, a exig�ncia de banheiros masculino e feminino para os funcion�rios. “H� restaurantes com 40 metros quadrados que n�o conseguem acatar esse tipo de exig�ncia, e a multa � muito alta”. David Garandy, dono do restaurante �nico, especializado em comida contempor�nea, conta que ele entra na estat�stica dos empres�rios com dificuldades.


“Estou no vermelho e a situa��o do pa�s � desesperadora”, reclama. Para n�o fechar as portas, Garandy contratou o servi�o de uma consultoria para verificar onde as contas est�o ficando mais apertadas. “O movimento tem ca�do, os clientes querem comer bem e pagar menos. O t�quete m�dio saiu de R$ 35 para R$ 20”, afirma, dizendo pagar R$ 8 mil de aluguel, al�m de outras taxas.


SEM IMUNIDADE


Rodrigues, da Abrasel, recorda que no primeiro semestre de 2015, muitas empresas – cerca de 500 em BH –, fecharam as portas por causa da crise na economia e, agora, a situa��o n�o s� afeta quem est� come�ando no ramo ou sem capital de giro. “Atualmente, a crise mostra que ningu�m, nem mesmo as grandes redes e os estabelecimentos com p�blico fiel est�o imunes. N�o h� imunidade para essa �rea”, diz, citando como exemplo o Habib's e da Momo Confeitaria. Rodrigues � dono do restaurante Maria das Tran�as e conta que, atualmente, o local est� no zero a zero no faturamento. “No final do ano passado estava pronto para fechar as portas. Pago, s� de aluguel, R$ 28 mil. � um valor alto em meio a situa��o de retra��o em que se encontra o pa�s”, queixa-se.

Outro ponto levantado por Rodrigues � que tem aumentado tamb�m o n�mero de assaltos em bares da capital, o que provoca a migra��o de clientes para outros locais. “Nos dois �ltimos meses, quem estava respirando pelo canudinho conseguiu uma aliviada, j� que o com�rcio come�ou a ter uma rea��o. Mas muitos j� estavam trabalhando no vermelho e essa pequena retomada n�o foi nem ser� suficiente”, conclui. (LE)


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