Exemplares do com�rcio tradicional de Belo Horizonte, com clientela fiel conquistada ao longo dos anos, lojas da Momo Confeitaria e da rede de comida r�pida Habib's, al�m do Caf� de La Place, fecharam as portas em pontos de grande fluxo e localiza��o privilegiada da capital mineira. Pressionados ora pela crise econ�mica, ora pelo alto valor dos alugueis, esses estabelecimentos engrossam uma preocupante estat�stica para a cidade: at� o fim do ano, cerca de 5 mil bares, lanchonetes e restaurantes na capital podem seguir o mesmo caminho e encerrar suas atividades. A previs�o � da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Minas Gerais. Segundo a institui��o, um em cada tr�s estabelecimentos mineiros e brasileiros est� com as contas no vermelho.
De acordo com a empresa, com o fechamento de duas lojas, 150 a 200 postos de trabalho foram eliminados. “As mudan�as se devem �s atuais circunst�ncias econ�micas, somadas �s conjunturas locais, reposicionamento estrat�gico e legisla��o tribut�ria desfavor�vel � alimenta��o no estado”, diz o texto. Em 2014, a rede foi investigada por um suposto esquema de sonega��o fiscal. Opera��o encabe�ada pela Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais – batizada de Flex Food – cumpriu mandados de busca e apreens�o de documentos f�sicos e eletr�nicos em tr�s locais: o escrit�rio principal da empresa em S�o Paulo, a cozinha central de Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, e na unidade do Habib’s do Bairro Gutierrez. As investiga��es tamb�m foram feitas em outros estados e, na �poca, a empresa informou que analisaria o fato para depois se posicionar.
ALTO CUSTO
Durante 15 anos, a confeitaria Momo manteve uma unidade na Savassi, ao lado do shopping P�tio Savassi. Por ali, o movimento aparentemente era intenso e mantinha um p�blico fiel. Por�m, de acordo com o dono do empreendimento, Henrique Guerra, em 1º de julho, o local encerrou as atividades no espa�o, que era alugado. “Por causa do aluguel, resolvemos sair dali e manter as nossas unidades cujos im�veis s�o nossos”, explica. Segundo ele, ao fechar a unidade, a empresa expandiu loja instalada no Bairro Cidade Jardim, que contava com 80 metros quadrado e, agora passou a dispor de 300 metros quadrados.
“A Savassi era um ponto valorizado, mas os clientes v�o poder apreciar os nossos produtos em outras lojas que ficaram maiores. A da Floresta, por exemplo, est� reformada e vamos reformar tamb�m a do Buritis”, avisa Henrique. Ele acrescenta que n�o houve demiss�es e, para as expans�es, o quadro de funcion�rios teve de ser ampliado em 5%. Guerra comenta que a crise econ�mica impactou no servi�o de encomendas. “H� tr�s anos estamos mantendo o mesmo resultado de faturamento”, comenta.
Na �ltima sexta-feira, a tradicional cafeteria e restaurante com ares parisienses no Bairro Funcion�rios, o
Caf� La Place, encerrou suas atividades. De acordo com frequentadores, a queda no movimento foi o motivo do fechamento. H� duas d�cadas, o estabelecimento, instalado na esquina da Avenida Brasil com Avenida Afonso Pena, atraia apreciadores de cafezinho e de um bom papo. O dono despediu da clientela com uma faixa afixada na porta do local. O Estado de Minas tentou contato com os respons�veis pelo estabelecimento, mas sem sucesso.
Enquanto isso...
...Farm�cias faturam
As vendas das grandes redes de farm�cia brasileiras cresceram 12,66% no primeiro semestre de 2016 na compara��o com igual per�odo do ano anterior, de acordo com a Associa��o Brasileira de Redes de Farm�cias e Drogarias (Abrafarma). O faturamento do setor entre janeiro e junho atingiu R$ 19,3 bilh�es. Considerando-se apenas o m�s de junho, as vendas somaram R$ 3,3 bilh�es, uma expans�o de 12,65% na compara��o anual. A categoria de medicamentos gen�ricos foi a que mais avan�ou no semestre. A receita proveniente desse tipo de rem�dio aumentou 12,86% frente ao ano passado, atingindo R$ 2 bilh�es nos primeiros seis meses deste ano. J� as vendas de outros itens � exce��o de rem�dios cresceram 11,95% no semestre ante igual per�odo de 2015. Produtos da �rea de higiene e beleza trouxeram faturamento de R$ 5,7 bilh�es para as farm�cias entre janeiro e junho.