Nova reviravolta no duro conflito judicial entre os principais acionistas da Usiminas – o conglomerado japon�s Nippon Steel e o grupo �talo-argentino Techint –, determina a recondu��o de R�mel Erwin de Souza, ex-presidente indicado pela Nippon, ao comando da sider�rgica mineira. O cargo � exercido desde 25 de maio por S�rgio Leite, nome apoiado pela Techint.
O retorno de R�mel Erwin � resultado de decis�o tomada nesta quarta-feira � tarde pela 11ª C�mara C�vel do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), em processo que o s�cio japon�s moveu, pedindo a anula��o da elei��o de S�rgio Leite em reuni�o do Conselho de Administra��o da companhia.
A corte tornou sem efeito a elei��o da diretoria realizada em 25 de maio e, com isso, restabeleceu a diretoria que estava em exerc�cio at� aquela data, liderada pelo executivo indicado da Nippon.
Procurada, a Usiminas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que n�o vai comentar a decis�o do TJMG. No fim da tarde de hoje a companhia divulgou fato relevante. Nele, afirma que vai aguardar a intima��o da referida decis�o e manter� o mercado informado a respeito do assunto. Os s�cios ainda n�o se pronunciaram sobre a decis�o judicial.
Fonte ouvida pelo Estado de Minas confirmou o entendimento de que o executivo indicado da Nippon passou a ser, de direito, o novo presidente, restando apenas medidas protocolares para que assuma a presid�ncia.
A Nippon e a Techint travam briga judicial desde 2014, quando o ent�o presidente da Usiminas Juli�n Eguren e outros dois diretores representantes da Techint foram destitu�dos, sob acusa��o de que teriam recebido remunera��o irregular.
� �poca diretor da companhia, R�mel Erwin foi conduzido ao cargo de presidente e posteriormente confirmado at� a reuni�o de maio do conselho, quando a Nippon defendia a continuidade da gest�o dele.
O grupo japon�s considerou ter havido ilegalidade na elei��o de S�rgio Leite, mediante as regras do acordo de acionistas. Para a Nippon, houve "clara viola��o", j� que o acordo prev� consenso pr�vio para a indica��o do presidente-executivo e de outros membros da diretoria, o que n�o ocorreu.