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Estado de Minas

Usiminas abre 400 vagas de emprego em reativa��o da produ��o

Mineradora controlada pela sider�rgica de Ipatinga e o grupo Sumitomo prepara reabertura de duas das quatro unidades paralisadas desde 2015 em Itatiaiu�u


postado em 12/06/2017 06:00 / atualizado em 13/06/2017 08:03

Com recuperação da produção de minério de ferro empresa terá acréscimo de até 800 mil toneladas por ano(foto: MPPerez/Divulgação - 29/4/14)
Com recupera��o da produ��o de min�rio de ferro empresa ter� acr�scimo de at� 800 mil toneladas por ano (foto: MPPerez/Divulga��o - 29/4/14)

A chegada e o treinamento de novas turmas de operadores de m�quinas, t�cnicos de manuten��o e equipe de vendas nas reservas da Minera��o Usiminas (Musa) em Itatiaiu�u, na Regi�o Central de Minas Gerais, d�o a partida do trabalho da companhia para retomar o processamento de min�rio de ferro em duas instala��es do complexo, paralisadas desde a crise de demanda e pre�os que a ind�stria mineral vem enfrentando nos �ltimos anos.

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Das cinco unidades do complexo, uma �nica usina de tratamento da mat�ria-prima usada na fabrica��o de a�o est� em funcionamento. O projeto aprovado pelos acionistas da mineradora, – a Usiminas, dona de 70% do capital, e o grupo japon�s Sumitomo Metal Corporation, que det�m 30% – � religar os equipamentos da mina Central em setembro, quando tamb�m a mina Leste dever� voltar �s opera��es.


Com a retomada, a mineradora ter� entre 700 mil e 800 mil toneladas a mais de min�rio concentrado com alto teor de ferro para dar novo g�s �s �reas de produ��o e permitir o seu retorno firme ao mercado internacional. De volta de uma agenda intensa de reuni�es na China e em Cingapura, al�m do Oriente M�dio, para prospectar mercados de consumo, o diretor-executivo da Musa, Wilfred Bruijn, informou ao Estado de Minas que espera concluir no fim de agosto os servi�os de reativa��o do maquin�rio, a contrata��o e o treinamento de cerca de 400 pessoas. � o prazo estimado, ainda, para a obten��o das licen�as ambientais previstas no projeto.

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“Vivemos um novo momento da empresa, depois da decis�o corajosa dos acionistas de apostar num mercado caracterizado pela volatilidade, mas que mostra recupera��o”, afirma o executivo. A companhia p�s freio � produ��o em 2015 devido � crise que se abateu sobre o com�rcio internacional de ferro, agravada pela queda e instabilidade de pre�os. Como rea��o � turbul�ncia, a empresa passou os �ltimos dois anos e meio cortando o seu quadro de pessoal – ao redor de 1 mil empregados foram dispensados no per�odo – e s� agora faz o caminho inverso. Chamou ex-empregados j� qualificados entre um grupo de quase 150 contratados desde o come�o de maio, o que agiliza o retorno � atividade e reduz os custos do treinamento.


A Musa desembolsou recursos acima de R$ 1 bilh�o entre 2011 e 2014 para expandir a sua capacidade de produ��o de 7 milh�es para 12 milh�es de toneladas por ano em Itatiaiu�u e Ita�na, sem esperar que as cota��es da mat�ria-prima desabassem para US$ 50 por tonelada ao longo de 2015 e 2016. As vendas deste ano, diante do enxugamento da planta industrial, dever�o alcan�ar 2,5 milh�es de toneladas destinadas na quase totalidade ao abastecimento da usina de Ipatinga, no Vale do A�o mineiro, e a clientes industriais no Brasil.

Volume


Segundo o diretor-executivo da companhia, uma vez retomadas as instala��es de duas unidades de tratamento do min�rio, o volume dos embarques estimados para 2018 (de 3,5 milh�es de toneladas) levar� a empresa ao mesmo n�vel das exporta��es totais acumuladas desde 2008, per�odo em que a mineradora adquiriu as reservas na Serra Azul de Minas. Agora, � torcer para que as cota��es do min�rio de ferro voltem a remunerar bem a ind�stria, depois de terem alcan�ado US$ 90 por tonelada no fim do ano passado, e permane�am entre US$ 70 e US$ 75 por tonelada esperados por analistas do mercado das chamadas commodities, produtos agr�colas e minerais cotados no exterior.


“A l�gica por tr�s da forma��o dos pre�os do min�rio de ferro est� cada vez mais incerta e quem estiver nesse mercado tem de se adaptar a essa volatilidade. Antes, a gente tinha risco a enfrentar. Agora, o risco � dobrado”, diz Wilfred Bruijn. Ele destaca que demanda n�o falta para min�rio de alta qualidade em mercados da �sia e do Oriente M�dio.


A dificuldade dos produtores est� em lidar com os fatores que gravitam em torno das cota��es for�ando movimentos frequentes de baixa e alta, a eleva��o dos custos de frete e o c�mbio inst�vel no Brasil. Cerca de um ano atr�s, as despesas da mineradora com o transporte estavam em US$ 7 por tonelada, pre�o que dobrou neste ano. O d�lar comercial, por sua vez, teve queda de 0,47% de janeiro ao fim de maio e de 9,77% no per�odo acumulado dos �ltimos 12 meses. Na quinta-feira, a moeda norte-americana encerrou o preg�o cotada a R$ 3,2920.

Embarque


A estrutura de escoamento da produ��o adicional da Musa est� equacionada, conta o diretor da mineradora, mediante acordo anunciado na semana passada com o Porto Sudeste do Brasil, que encerrou lit�gio entre as empresas. A arbitragem tem origem no descumprimento de contrato de presta��o de servi�os portu�rios celebrado pela mineradora em 2011. A empresa portu�ria pagar� � Musa US$ 62,5 milh�es como compensa��o e vai garantir o direito da companhia de movimentar, durante os pr�ximos tr�s a quatro anos, at� 17,5 milh�es de toneladas de min�rio de ferro pelo terminal portu�rio, localizado em Itagua�, no Rio de Janeiro.

Embaques para a �sia


Diretor -executivo da Mineração Usiminas, Wilfred Bruijn vê desafio nas cotações do produto(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Diretor -executivo da Minera��o Usiminas, Wilfred Bruijn v� desafio nas cota��es do produto (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

O primeiro navio carregado com concentrado de ferro das �reas que a Minera��o Usiminas dever� retomar em Itatiaiu�u estar� pronto para zarpar do terminal portu�rio de Itagua� em outubro, provavelmente com destino � China, levando 170 mil toneladas. A mineradora avalia novos mercados tamb�m no Oriente M�dio. O projeto de religamento das usinas de tratamento de min�rio consumir� investimento modesto de R$ 3 milh�es tendo em vista que as plantas industriais s�o novas e foram erguidas com tecnologia que proporciona o aproveitamento de rejeito acumulado h� anos em pilhas e barragem com baixos teores de ferro.

O material, contendo 30% a 40% de ferro, ser� retirado da barragem da mina Central e reprocessado em instala��es preparadas para elevar os teores a 64%, que atendem a exig�ncia dos maiores consumidores de min�rio de ferro do mundo, os clientes chineses, como observa Wilfred Bruijn. A empresa usa o sistema de flota��o, a separa��o de ingredientes indesej�veis e que empobrecem o min�rio por meio da pr�pria gravidade e de processo de moagem at� obter o concentrado rico em ferro.

O produto seguir� por 40 metros em caminh�es da usina para o terminal de carregamento de trens da MRS Log�stica e de l� para o porto. O reaproveitamento do que j� foi rejeito est� inserido na pol�tica de dar sustentabilidade �s opera��es da ind�stria mineral, aliviando a press�o sobre as barragens, tema que se tornou bem mais delicado, diante da extens�o do desastre provocado pelo rompimento da Barragem de Fund�o da Samarco Minera��o, em Mariana, na Regi�o Central de Minas, em novembro de 2015.

BOLSA DE APOSTAS


O atual n�vel de volatilidade do mercado de transa��es com min�rio de ferro no mundo n�o se compara a nenhum outro tempo, na avalia��o do diretor-executivo da Minera��o Usiminas, Wilfred Bruijn, que completou 25 anos de atua��o no ramo. “N�o � mais a lei da oferta e da demanda que guia os pre�os. Os volumes estocados nos portos chineses interferem e al�m de mineradoras e sider�rgicas muitas pessoas f�sicas atuam nesse com�rcio comprando e vendendo lotes de min�rio de ferro at� mesmo pelo celular”, lembra. At� os anos 1990 o pre�o era definido no come�o do ano pelos maiores clientes mundiais e costumava ficar est�vel at� dezembro. Prever as cota��es, hoje, � como tentar enxergar brumas numa bola de cristal.


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