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Estado de Minas

Centro-Oeste de Minas tem vagas de emprego, da granja � costura

Ano come�a com oferta de empregos em pequenas e m�dias empresas do Centro-Oeste de Minas, que veem campo para voltar a investir. Norte tem novos projetos de energia solar


postado em 30/01/2018 06:00 / atualizado em 30/01/2018 08:01

Abatedouro de Pará de Minas retoma construção de granja de suínos, que vai empregar 100 pessoas, enquanto perspectiva de aumento da demanda leva calçadistas de Nova Serrana a voltarem a contratar(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Abatedouro de Par� de Minas retoma constru��o de granja de su�nos, que vai empregar 100 pessoas, enquanto perspectiva de aumento da demanda leva cal�adistas de Nova Serrana a voltarem a contratar (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

Par� de Minas, Nova Serrana e Divin�polis – Ao costurar os primeiros jogos de cozinha no fundo de quintal de sua casa em Divin�polis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, Maria das Dores n�o esperava que tr�s d�cadas mais tarde estaria � frente de uma empresa com mais de 500 funcion�rios e vendendo roupas para todas as regi�es do Brasil. Depois de anos de conten��o de gastos e adiamentos de grandes investimentos, empresas dos setores cal�adista, vestu�rio e de alimentos voltam a anunciar abertura de empregos e a expans�o de suas f�bricas. A ind�stria de confec��es de Maria das Dores � um bom exemplo desse reaquecimento. Desde o fim do ano passado, a abertura de duas novas c�lulas de produ��o est� em andamento, sendo que na primeira j� foram contratados 50 trabalhadores e outros 50 devem ser empregados at� junho.

O surgimento de empregos e investimentos em cidades do Centro-Oeste mineiro e no Norte do Estado � o tema da terceira reportagem da s�rie “Retomada Mineira”, que mostra o mapa de contrata��es e novas iniciativas de empresas de Minas para voltar a crescer em meio � lenta recupera��o da economia nacional. Projetos de amplia��o que passaram dois ou tr�s anos paralisados por conten��o de gastos e impediram a abertura de postos de trabalho come�am a ser desengavetados em cidades como Par� de Minas, Divin�polis e Nova Serrana.

“Em per�odo de crise e dificuldade financeira, as pessoas optam por produtos com custo mais baixo. Em Nova Serrana, para se adaptar a essa realidade as empresas passaram a produzir cal�ados com pre�os mais acess�veis”, explica J�nior C�sar Silva, vice-presidente do Sindicato da Ind�stria de Cal�ado de Nova Serrana (Sindinova) e dono de uma das f�bricas instaladas no munic�pio,a Cromic. Segundo ele, em 2017 a situa��o do setor continuou dif�cil, com queda de 5% no faturamento at� novembro.



Apesar de um fim de ano dif�cil, 2018 come�ou com boas perspectivas e com a abertura de vagas em v�rias f�bricas de cal�ados de Nova Serrana. “Os primeiros contatos de lojistas t�m sido muito positivos, com a percep��o de aumento na demanda por produtos e boas vendas no per�odo do Natal. Em compara��o com o in�cio de 2017, quando eram muitas incertezas sobre quando o mercado come�aria se recuperar, sem d�vida estamos em um momento melhor. Se essa tend�ncia se concretizar podemos alcan�ar em breve o n�mero de empregos de 2014, no momento pr�-crise”, aposta J�nior C�sar.

Volta �s obras


Em Par� de Minas, um dos maiores abatedouros da regi�o – Cooperativa dos Granjeiros do Oeste de Minas Gerais (Cogran) �come�ou no ano passado a desengavetar um projeto que estava parado desde 2015. Para manter a produ��o durante a crise econ�mica, a empresa optou por reduzir o pre�o dos produtos, mas, ainda assim, foi preciso congelar o plano de expans�o e demitir funcion�rios.

“Quando a crise come�ou, est�vamos no in�cio das obras de nossa quarta unidade, uma ind�stria de su�nos. N�o sab�amos como seria o mercado dali para frente e preferimos segurar para n�o gastar capital pr�prio e descapitalizar a empresa. Ficamos dois anos com obras paradas”, conta Paulo Henrique Sim�o Pena, gerente industrial da granja. O reaquecimento do consumo e das vendas fez com que o projeto de amplia��o fosse retirado da gaveta em 2017 e a previs�o � que a nova f�brica seja inaugurada em junho. A empresa abriu processo para preencher 100 vagas da nova unidade.

Hist�ria de supera��o e ousadia

 

Negócio iniciado há 30 anos por Maria das Dores oferece 100 vagas(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Neg�cio iniciado h� 30 anos por Maria das Dores oferece 100 vagas (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

Aos 70 anos, Maria das Dores n�o pensa em deixar a f�brica da MX-72 que criou em 1989. Embora a empresa seja conduzida por dois filhos dela, a empres�ria-costureira acompanha de perto a produ��o das camisas que s�o vendidas para v�rios estados do pa�s. Ele admite que nunca pensou que o trabalho que come�ou praticamente sozinha, no fundo de seu quintal, se tornaria uma das maiores f�bricas de vestu�rio de Divin�polis, com mais de 500 funcion�rios. Em 2018, a empresa voltou a crescer e mais 100 trabalhadores devem ser contratados.

“Comecei tendo apenas minha irm� como parceira. Ela era enfermeira e trabalhava � noite, ent�o podia me ajudar durante o dia. At� ent�o eu trabalhava lavando roupa para h�spedes de um hotel aqui de Divin�polis, mas, ao mesmo tempo, ia mexendo com minhas costuras e bordados que aprendi com minha m�e”, lembra Maria das Dores.

Ela come�ou produzindo jogos de cozinha com tecido que buscava em Ita�na – “Hoje acho que as pessoas nem usam mais esse tipo de coisa, mas antigamente era �timo para enfeitar a cozinha” – e o sucesso entre vizinhas foi um grande incentivo para dar o pr�ximo passo. “Resolvi ent�o produzir calcinhas e depois passei a fazer camisas. Era tudo bem artesanal, mas os bordados eram caprichados e as pessoas gostavam muito”, conta Maria das Dores. Em tr�s meses a produ��o passou de 100 pe�as para 500 e ela contratou outras tr�s costureiras.

Este ano – quase 30 anos depois da inaugura��o e com 500 funcion�rios a mais – a empresa volta a planejar o aumento da produ��o e de seu quadro de funcion�rios. “Hoje n�o conseguimos atender alguns clientes porque n�o temos produ��o suficiente. J� investimos em maquin�rio de alta tecnologia para acelerar a confec��o e com as duas novas c�lulas que estamos abrindo poderemos alcan�ar mercados em mais cidades do Brasil”, explica Eug�nio Humberto Pacelli, gerente comercial da camisaria.

 


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