
S�o Paulo – Muito popular em v�rios pa�ses europeus, mas em desuso no Brasil, a assist�ncia de sa�de prim�ria e com m�dico da fam�lia come�a a reconquistar seu espa�o no mercado brasileiro.
Diante da necessidade em atrair pessoas que tiveram que abandonar os planos de sa�de, seja por quest�es financeiras ou de desemprego, operadoras de conv�nios m�dicos e de seguro-sa�de, como SulAm�rica, Bradesco e Central Nacional Unimed (CNU), al�m de empresas hospitalares, como o Grupo Leforte, est�o investindo em modelos alternativos de assist�ncia, que reduzem em mais de 20% os custos operacionais.
“Vivemos uma �poca de necessidade de diminui��o de gastos”, afirmou Ian Bonde, diretor do Grupo Leforte. “Para as empresas, com redu��o de aproximadamente 20% em custos, esse novo modelo ainda representa queda no absente�smo e presente�smo, j� comprovada quando temos um servi�o de atendimento em sa�de eficiente na linha de frente.”

O movimento tem feito surgir novas frentes de neg�cios. � o caso da Amparo Sa�de, empresa que nasceu por iniciativa do alem�o naturalizado brasileiro, Emilio Puschmann. A Amparo oferece ao usu�rio a possibilidade de usufruir de assist�ncia preventiva em sua pr�pria casa, evitando assim a necessidade de procura por prontos-socorros, interna��es e exames desnecess�rios.
A companhia nasceu em S�o Paulo em 2017 e oferece planos a partir de R$ 99 por m�s. Na assinatura Prime, as consultas presenciais custam R$ 10 e s�o realizadas em at� 24 horas, al�m de exames, vacinas e pequenos procedimentos.
Segundo Puschmann, o espa�o para crescimento � imenso, porque esse modelo de neg�cio n�o � muito utilizado no mercado brasileiro. “Na Alemanha, existe um modelo de assist�ncia m�dica em que cada cidad�o tem um v�nculo com o m�dico de fam�lia. O doutor faz a coordena��o, analisa se o paciente precisa de um especialista, de interna��o ou de algum exame espec�fico”, diz.
De acordo com o empres�rio, o m�dico de fam�lia atua entre assist�ncia prim�ria, que consiste em cuidar diretamente do paciente, e a assist�ncia secund�ria, quando encaminha a pessoa para um especialista, para um hospital e para a realiza��o de exames complementares
A cultura da interna��o, segundo Puschmann, gera uma tend�ncia de usar o pronto-socorro de forma inadequada e ineficiente. Em vez de o paciente se comunicar com o seu m�dico, ele vai ao pronto-socorro porque � mais f�cil de ser atendido diretamente.
A Amparo possui consult�rios cl�nicos multifuncionais, equipados para atendimentos de todas as faixas et�rias e g�neros, posto de coleta de exames laboratoriais, sala de medica��o e sala de procedimentos. Os agendamentos de consulta s�o baseados no f�cil acesso e podem ser feitos via telefone, WhatsApp, e-mail ou presencialmente.
Grandes seguradoras de sa�de, como Bradesco, Amil, Unimed, Omint e SulAm�rica, tamb�m est�o de olho nesse nicho do mercado. A SulAm�rica, a maior seguradora independente do pa�s, aposta na populariza��o do setor. Segundo Ricardo Soares, diretor da empresa, trata-se de um resgate de antigas pr�ticas de preven��o de doen�as no Brasil. “� uma volta �s origens de um sistema que faz sentido. Com investimento em sa�de prim�ria, h� uma redu��o, de acordo com a ANS, de 70% a 80% nas ocorr�ncias de interna��o”, afirmou o executivo.
REGULAMENTA��O O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nesta semana uma nova regulamenta��o para a pr�tica de telemedicina no Brasil. A Resolu��o 2.227/18, que entrar� em vigor tr�s meses ap�s a publica��o, permitir� a realiza��o de consultas m�dicas online, assim como telecirurgias e telediagn�stico, entre outras formas de atendimento m�dico � dist�ncia, desde que respeitados os crit�rios t�cnicos e �ticos previstos na resolu��o.