
S�o Paulo – “Que vida t�o miser�vel que foi gerada com a expans�o das cidades”, lamentou um internauta na conta do Instagram da opera��o mexicana do Burger King.
A rea��o veio diante da not�cia sobre um novo servi�o da rede de fast food, pertencente ao grupo brasileiro de investimentos 3G Capital. La Traffic Whopper (o tr�fego Whopper) foi lan�ado na Cidade do M�xico h� cerca de um m�s.
O novo servi�o de delivery, executado por motociclistas, promete levar os sandu�ches, batata frita e outros itens do card�pio at� os motoristas presos no congestionamento.
A 3G, que tem entre os s�cios Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, � dona de toda a opera��o do Burger King desde 2010.
Procurada pelos Di�rios Associados, a rede de lanchonetes informou que o delivery para quem est� no meio do tr�nsito � uma campanha global do BK. A subsidi�ria brasileira est� analisando se trar� o servi�o para S�o Paulo, “mas ainda n�o tem previs�o”, disse por meio de nota.
Segundo reportagem recente publicada pela ag�ncia de not�cias Bloomberg, a companhia teria planos para levar o servi�o a outras grandes cidades com problema de congestionamento. Al�m de S�o Paulo, poderiam receber o projeto as cidades de Los Angeles e Xangai.
Na Cidade do M�xico, uma das mais populosas do mundo, o servi�o funciona por meio de um aplicativo que reconhece pedidos por voz e usa a localiza��o em tempo real para levar comida aos motoristas que est�o em deslocamento.
A nova ferramenta ainda est� em fase de ajustes e tem enfrentado alguns desafios, como o de fazer a entrega de moto sem atropelar as regras de tr�nsito.
Os melhores acessos para os entregadores ser�o definidos por relat�rios de tr�fego gerados pelo Google. As informa��es permitir�o identificar congestionamentos e definir as melhores rotas.
Outro desafio � que a entrega s� pode ser feita em um raio de 3 quil�metros a partir da loja, para que os produtos cheguem em boas condi��es ao cliente – hamb�rguer quente e bebida gelada.
Em algumas cidades mexicanas, o delivery � feito por meio do aplicativo Rappi. A diferen�a � que agora � poss�vel pedir um Whopper com batata frita mesmo quando se est� entalado entre um carro e outro. Ao todo, o Burger King conta com 430 lojas no M�xico.
Para a Restaurant Brands Internaciontal Inc., a qual pertence a marca Burger King, testes como o da Cidade do M�xico s�o importantes para que se identifique outras formas de levar os produtos at� os clientes.
Essa mudan�a de comportamento, que � global, tem levado os consumidores cada vez mais a buscar facilidades, fugir do tr�nsito e da viol�ncia urbana e recorrer a apps de entrega, em vez de devorar os sandu�ches nas lojas.
Por outro lado, isso tem gerado para companhia como o Burger King o desafio de encontrar formas mais r�pidas, seguras e econ�micas de entregar seus produtos.
USO DE DRONES
Algumas experi�ncias, tanto no Brasil quanto em outros grandes mercados, t�m mostrado que os servi�os de entrega ainda v�o ter de passar por muitas transforma��es. Por aqui, uma rede de padarias do interior paulista, a P�o To Go, testou em 2014 o delivery feito por drones.
Na �poca, a dire��o da empresa aguardava a regulamenta��o por parte da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac). No seu site, n�o h� informa��es sobre essa modalidade de compra.
J� a Amazon, gigante global de com�rcio digital, h� anos tem testado a melhor forma de aproveitar os drones para reduzir o prazo e o custo de entrega de seus produtos.
O servi�o, ainda n�o dispon�vel, tem at� nome: Amazon Prime Air. Modelos como esse, que come�am a ser tirados do papel por algumas empresas, poderiam reduzir o tr�fego de caminh�es e outros tipos de ve�culos de entrega nas grandes cidades, melhorando a qualidade do ar e diminuindo o tr�nsito. Mas podem levar a um excesso de drones para os c�us.