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Estado de Minas

Plano de sa�de compra concorrente por meio bilh�o

Hapvida anuncia acordo para adquirir empresa do Centro-Oeste do pa�s, em mais um passo na estrat�gia de consolidar sua opera��o em v�rias regi�es do pa�s


postado em 11/06/2019 06:00 / atualizado em 11/06/2019 08:52

A aquisição trará sinergias operacionais relevantes que serão aproveitadas pela companhia, além de expandir geograficamente seu perfil de atuação%u201D Bruno Cals, diretor-superintendente financeiro e de relações com investidores do Hapvida(foto: Hapvida/Divulgação)
A aquisi��o trar� sinergias operacionais relevantes que ser�o aproveitadas pela companhia, al�m de expandir geograficamente seu perfil de atua��o%u201D Bruno Cals, diretor-superintendente financeiro e de rela��es com investidores do Hapvida (foto: Hapvida/Divulga��o)

S�o Paulo – “Temos uma ousada estrat�gia de aquisi��es e estamos bem confiantes que este ano ainda vamos anunciar mais opera��es.” A declara��o do presidente e herdeiro da operadora de planos de sa�de cearense Hapvida, Jorge Pinheiro de Lima, no come�o de maio, sinalizava um ciclo de grandes neg�cios para a empresa.


A previs�o est� se confirmando. Depois de fechar a compra do Grupo S�o Francisco, um dos maiores grupos de sa�de do interior paulista, em um neg�cio de R$ 5 bilh�es, a Hapvida anunciou um acordo para a aquisi��o do rival Grupo Am�rica, de Goi�s, por R$ 426 milh�es.

Embora seja dada como certa, o fechamento da opera��o est� sujeito � aprova��o da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS) e do Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade), al�m da aprova��o por parte da assembleia geral de acionistas da companhia.


Com a opera��o de quase R$ 500 milh�es, o Sistema Hapvida passar� a deter, indiretamente, 100% do capital votante das empresas Hospital Jardim Am�rica, Hospital Multi Especialidades, Jardim Am�rica Sa�de, Am�rica Cl�nicas, AME Planos de Sa�de, Promed Assist�ncia M�dica, Hospital Promed, Cl�nica de Oftalmologia Jardim Am�rica, Centro de Diagn�stico e Laborat�rio Santa Cec�lia e 47% do capital votante da empresa Sa�de – Instituto de An�lises Cl�nicas.


“A aquisi��o trar� sinergias operacionais relevantes que ser�o aproveitadas pela companhia, al�m de expandir geograficamente seu perfil de atua��o, intensificando esfor�os na Regi�o Centro-Oeste do Brasil, em linha com a estrat�gia de expans�o e crescimento da Companhia de abrang�ncia nacional”, disse Bruno Cals, diretor-superintendente financeiro e de rela��es com investidores do Hapvida. J� o presidente Jorge Pinheiro n�o concedeu entrevista por estar em per�odo de sil�ncio.


Fundado em 1982, na cidade de Goi�nia, o Grupo Am�rica tem intensa atua��o no setor de sa�de suplementar na Regi�o Metropolitana de Goi�nia e na cidade de An�polis, atuando tamb�m na presta��o de servi�os hospitalares, de an�lises cl�nicas e diagn�stico por imagem. O Grupo Am�rica � a operadora mais verticalizada da regi�o Centro-Oeste, com carteiras de planos de sa�de de cerca de 190 mil vidas, cuja receita l�quida foi de aproximadamente R$ 320 milh�es, referente ao exerc�cio social encerrado em 31 de dezembro de 2018.


A compra do Grupo Am�rica, embora seja menor, � complementar � aquisi��o do m�s passado. Isso porque o Grupo S�o Francisco vem em ritmo forte de aquisi��es e deve seguir nesse patamar nas regi�es que j� atua. A Hapvida estima que o neg�cio v� gerar sinergias na casa dos R$ 170 milh�es ao ano nos pr�ximos quatro anos.


Para financiar a opera��o, os executivos da empresa contaram que a Hapvida vai emitir, no mercado de capitais, deb�ntures de R$ 2 bilh�es. Al�m disso, vai usar recursos em caixa, e o Grupo S�o Francisco ficou com a��es da empresa. Ap�s o neg�cio, a companhia ainda vai dispor de um caixa de R$ 500 milh�es.


Desde o IPO (oferta p�blica inicial), em abril do ano passado, as a��es da Hapvida subiram 25%. O valor de mercado da empresa, antes do an�ncio da aquisi��o do Grupo Am�rica, chegava a R$ 23,5 bilh�es. “As recentes aquisi��es integram um movimento de consolida��o de empresas que j� est�o bem posicionadas no mercado. Para elas, n�o existe outro caminho para crescer se n�o for atrav�s de aquisi��es”, disse o economista S�rgio Melo, presidente da SM Consultoria.

SA�DE FINANCEIRA

O plano de expans�o � sustentado por uma invej�vel sa�de financeira. No quarto trimestre do ano passado, a empresa apresentou desempenho impressionante: lucro l�quido de R$ 234,1 milh�es, 35,1% acima do mesmo per�odo de 2017. No ano, foi a R$ 788,3 milh�es, o que representa aumento de 21,2% sobre o ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, deprecia��o e amortiza��o) cresceu 2,9% no comparativo trimestral, para R$ 270 milh�es. No acumulado de 2018, somou R$ 990,2, 11,1% superior ao ano anterior.


As recentes investidas da Hapvida confirmam um per�odo de grande movimenta��o no ambiente de neg�cios do pa�s. H� 20 dias, a fabricante brasileira de cosm�ticos Natura comprou a concorrente americana Avon, tornando-se, assim, a quarta maior empresa do setor no mundo. H� duas semanas, BRF e Marfrig confirmaram que est�o em processo de fus�o, o que faria do grupo resultante o segundo maior da �rea de prote�nas Brasil.


Levantamento divulgado na semana passada pela consultoria KPMG confirma que o mercado est� aquecido. Segundo o estudo, o n�mero total de fus�es e aquisi��es manteve tend�ncia de crescimento no primeiro trimestre de 2019. Nos tr�s primeiros meses do ano, foram registradas 250 opera��es, contra 243 do trimestre imediatamente anterior (alta de 3%) e 234 registradas no mesmo per�odo de 2018 (alta de 7%).


Os setores com o maior n�mero de transa��es no come�o do ano foram companhias de internet (53), tecnologia da informa��o (32), m�dia e telecomunica��es (13) e companhias de energia (13).

 

 

Longevidade das empresas de sa�de

 

O processo de fus�o de aquisi��o no setor de sa�de pode ajudar as empresas a ganhar mais musculatura para enfrentar as turbul�ncias no mercado de assist�ncia m�dica privada. Desde 2015, mais de 3 milh�es de pessoas perderam seus planos de sa�de, de acordo com dados da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS). Isso � resultado de uma retra��o de cerca de 1,5 milh�o de postos de trabalho.


“O plano de sa�de � um produto altamente desej�vel, mas � sens�vel �s varia��es de emprego e desemprego”, diz Marcos Novais, economista-chefe da Associa��o Brasileira de Planos de Sa�de (Abramge).


A explica��o � simples. Como a maior parte dos benefici�rios tem seu conv�nio vinculado � empresa em que trabalha, quando as demiss�es crescem, os planos de sa�de naturalmente perdem clientes.

Segundo a Federa��o Nacional de Sa�de Suplementar (FenaSa�de), os contratos coletivos empresariais correspondem a 67% do total de planos comercializados. A boa not�cia � que, depois de tr�s anos de queda, o n�mero de benefici�rios parou de cair no fim do ano passado.


Outra luz para as empresas do setor � a recente altera��o da legisla��o, em vigor desde o in�cio deste m�s. As novas regras valem para portabilidade de planos de sa�de, que permitem aos benefici�rios de contratos coletivos empresariais a possibilidade de troca de operadora, sem a necessidade de cumprir novo prazo de car�ncia para utilizar os servi�os m�dicos.

A determina��o da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS) est� na Resolu��o Normativa 438, que foi publicada em dezembro, pela ag�ncia reguladora. Outra mudan�a � a extin��o da “janela” para a troca de plano, ou seja, um prazo determinado pela operadora para fazer a mudan�a.

MIGRA��O A ANS

tamb�m retirou a necessidade de a cobertura entre os planos antigo e novo ser compat�vel para fazer a migra��o, abrindo a possibilidade para a contrata��o de coberturas mais amplas, mas mantendo a faixa de pre�o na maioria dos casos. Com isso, o consumidor s� precisa cumprir a car�ncia dos servi�os a mais que o novo plano oferecer.


O guia de compatibilidade de pre�os est� dispon�vel no site da ag�ncia. Para o diretor de Normas e Habilita��o dos Produtos da ANS, Rog�rio Scarabel, a concess�o desse benef�cio para consumidores de planos empresariais era uma demanda importante na regula��o do setor, j� que a modalidade representa quase 70% do mercado.


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