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Estado de Minas

TVs por assinatura perdem clientes

Em um ano, 1,4 milh�o de assinantes encerraram seus contratos. Mudan�as de h�bitos da sociedade e concorr�ncia com servi�os de streaming como Netflix imp�em desafios ao setor


postado em 27/06/2019 06:00 / atualizado em 27/06/2019 10:49

Pesquisa da Comscore indica que a Netflix, que não divulga números oficiais, tem 12,5 milhões de assinantes no Brasil(foto: Alamedageek/Divulgação )
Pesquisa da Comscore indica que a Netflix, que n�o divulga n�meros oficiais, tem 12,5 milh�es de assinantes no Brasil (foto: Alamedageek/Divulga��o )
S�o Paulo – Poucas �reas de neg�cios t�m enfrentando tantas dificuldades no Brasil quanto o segmento de TVs por assinatura. Segundo dados da Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel), o pa�s registrou em maio 16,8 milh�es de domic�lios com acesso a esse tipo de servi�o, o que representa uma queda de 1,4 milh�o (-6,7%) de assinantes em rela��o h� um ano.
 
Para se ter ideia do que isso significa, o n�mero � apenas um pouco inferior � popula��o inteira de uma cidade como Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, e est� muito abaixo do �pice do setor registrado em 2014, quando havia 20 milh�es de assinantes de TVs por assinatura no Brasil.
 
O levantamento mensal da Anatel revelou que, no m�s passado, 245.593 assinantes cancelaram seus contratos. Segundo a s�rie hist�rica da ag�ncia, � a maior queda desde dezembro de 2014, quando 273.398 clientes abandonaram as operadoras. Nos �ltimos 12 meses, em um �nico m�s (junho de 2018) foi registrado um aumento do n�mero de clientes. No restante do ano, foram 10 meses de quedas consecutivas.
 
Maior empresa do segmento, a Claro teve o pior resultado no per�odo (queda de 7,46% do total de assinantes). Entre as grandes companhias do setor, apenas a Oi apresentou avan�o no fornecimento de TV por assinatura, com alta de 3,93%.
 
Considerando o n�mero de assinantes por estados, o Cear� foi o que mais cancelou contratos: 77.680 em maio. L�der no n�mero de clientes, S�o Paulo teve uma queda bem menor: 26.654 deixaram de assinar o servi�o no m�s passado. Segundo colocado no ranking de assinantes, o Rio de Janeiro contabilizou 6.070 cancelamentos. Em Minas Gerais, terceiro colocado, 12.968 contratos foram encerrados.
 
O mesmo levantamento da Anatel mostrou que metade dos lares brasileiros que assinam esse tipo de servi�o – 49,26%, num total de 8,29 milh�es – recebem o sinal do Grupo Claro. As outras grandes empresas do setor s�o a Sky, com 5,05 milh�es (29,99%), Oi, com 1,59 milh�o (9,45%), e Vivo com 1,48 milh�o (8,82%) de domic�lios cobertos.
 
A queda do n�mero de assinaturas � reflexo principalmente de uma mudan�a de h�bitos da sociedade. “Ningu�m mais quer ficar dependente de uma grade de programa��o”, diz Eduardo Tancinsky, consultor especializado em tecnologia. “Isso � coisa do passado. Seja no trabalho, seja no lazer, cada vez mais as pessoas s�o respons�veis pela administra��o de seu pr�prio tempo, fen�meno que me parece irrevers�vel. Ou as empresas mudam, ou v�o perder ainda mais assinantes.”
 
As TVs por assinatura v�m sofrendo com a concorr�ncia de um rival voraz: o streaming. Estimativas feitas pela empresa americana de medi��o de tr�fego na internet Comscore indicam que a Netflix, que n�o divulga n�meros oficiais, tem 12,5 milh�es de assinantes no Brasil. Ou seja, o n�mero se aproxima do total de clientes de todo o mercado de TVs por assinatura no pa�s (16,8 milh�es). “Diante de todos os servi�os de streaming em opera��o no mercado brasileiro, � certo que esse tipo de produto j� � mais abrangente do que as TVs por assinatura”, afirma o consultor Eduardo Tancinsky.
 
O que j� era dif�cil tende a ficar ainda mais complicado para as empresas que atuam no setor. H� alguns dias, o presidente do conselho da Warner Media, Robert Greenblatt, anunciou que a empresa vai lan�ar seu pr�prio servi�o de streaming no primeiro trimestre de 2020. Al�m de oferecer filmes e s�ries no seu cat�logo, a companhia deve contar com conte�dos produzidos pela CNN.
 
O mercado atualmente � dominado por gigantes como Netflix e Amazon, mas a concorr�ncia ficar� em breve mais acirrada. Al�m da Warner, Disney e Apple j� anunciaram a entrada no segmento, prevista para os pr�ximos meses. Para as TVs por assinatura, o futuro n�o poderia ser mais desafiador.



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