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Estado de Minas

Lavouras em Minas seguram emprego na colheita a pleno f�lego

Minas puxa balan�o positivo de vagas formais no Brasil em maio, com sazonalidade do caf�, laranja e hortali�as. Estado teve saldo de 18,3 mil contrata��es das 32,1 mil no pa�s


postado em 28/06/2019 06:00 / atualizado em 28/06/2019 07:39

Café em Minas liderou geração de oportunidades com carteira, seguido de outras culturas, do comércio e da construção civil (foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press 8/7/11)
Caf� em Minas liderou gera��o de oportunidades com carteira, seguido de outras culturas, do com�rcio e da constru��o civil (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press 8/7/11)
Gra�as � produ��o das fazendas de Minas Gerais e do Brasil, houve mais contrata��es do que demiss�es em maio, not�cia positiva na impress�o de al�vio dada pelos n�meros do mercado formal de trabalho, mas que perdeu for�a num dia em que o Banco Central (BC) admitiu, com sua revis�o da taxa de crescimento para o pa�s, que a economia parou de reagir.

O pa�s criou 32.140 vagas formais no m�s passado, como resultado de 1.347.304 admiss�es e 1.315.164 desligamentos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (caged) da Secretaria Especial de Previd�ncia e Trabalho do Minist�rio da Economia.



Minas contribuiu com o maior saldo no pa�s, j� que a diferen�a entre contrata��es e cortes de empregos alcan�ou 18.380 postos de trabalho com a carteira assinada em maio. Dos outros 18 estados, onde os dados foram positivos, tiveram destaque o Esp�rito Santo, com abertura de 9.384 vagas al�m das demiss�es e S�o Paulo, com 6.023 ocupa��es a mais que as dispensas, nessa ordem.

A pesquisa do Caged identificou que o impulso nas admiss�es pa�s afora veio da agropecu�ria, ou seja partiu de dentro das propriedades rurais, que responderam por 37.373 novos empregos formais, aumento de 2,39% perante abril. Em Minas, elas criaram 15.066 vagas a mais que as demiss�es, quer dizer representam quase 82% do saldo total de empregos observados no estado. Atr�s do campo, o com�rcio teve sua contribui��o com 1.374 vagas para o saldo de Minas, seguido da constru��o civil, com 1.197 oportunidades a mais que as dispensas.

Em Minas e todo o pa�s, os cultivos do caf� e da laranja foram as atividades determinantes na gera��o do emprego formal, o que explica a import�ncia das vagas abertas em solo mineiro, maior produtor de caf� do pa�s e grande fornecedor de laranja. Contudo, como manda o ditado que diz que � preciso ir devagar com o andor quando o santo � de barro, os n�meros do Caged t�m de ser vistos com cuidado, j� que a produ��o agr�cola mineira e brasileira est� em plena colheita, o que significa um per�odo sazonal e j� esperado da gera��o de empregos.

Embora o caf� e a laranja sejam culturas permanentes e de longo prazo, h� momentos de intensifica��o da necessidade de m�o de obra e de baixa do trabalho bra�al e na dire��o de m�quinas nas lavouras. Positivo � que al�m desses grandes cultivos, o saldo do emprego formal em Minas foi tamb�m influenciado pela colheita de tangerina, cana-de-a��car e de uma variedade de hortali�as, como destaca Aline Veloso, coordenadora da Assessoria T�cnica da Federa��o da Agricultura e Pecu�ria do Estado de Minas Gerais (Faemg).

“O resultado de maio j� era esperado e mostra que o setor agropecu�rio mant�m a sua atividade. � uma sazonalidade bastante importante nas admiss�es de m�o de obra”, afirmou a especialista da Faemg. Essa import�ncia se reflete na for�a do agroneg�cio como um todo (aqui, considerando-se toda a cadeia da produ��o, desde a fabrica��o dos insumos, passando pelas fazendas e alcan�ando a ind�stria do processamento dos alimentos) em Minas. O agroneg�cio participou com 34% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma da produ��o de bens e servi�os) do estado em 2018.

Cidades marcantes Os n�meros do Caged identificaram que a massa de empregos gerados se deu justamente em munic�pios mineiros que s�o fortes produtores de caf� (Guaxup�, Campo Belo, Tr�s Pontas, Caratinga e Tr�s Cora��es) e outras cidades essenciais ao bom desempenho do setor agr�cola, a exemplo de Patroc�nio, Araguari e Jo�o Pinheiro. A intensa gera��o de vagas formais, para Aline Veloso, da Faemg, � tamb�m prova de que existindo um cen�rio favor�vel para a produ��o no pa�s existe f�lego e interesse da agropecu�ria em investir.

“Algumas reformas precisam ser implementadas, como a da Previd�ncia, at� para garantir sinaliza��es positivas para investimentos”, afirma a coordenadora da Assessoria T�cnica da Faemg. Segundo Aline Veloso, os empregos gerados na agropecu�ria demonstram que o setor acredita num horizonte positivo no pa�s para trabalhar.

Em contraposi��o, munic�pios industrializados e que t�m no setor de servi�os boa parte da sua sustenta��o de emprego e renda, como Belo Horizonte e Betim, amargaram queda do emprego formal em maio. Na capital mineira, o saldo do emprego formal foi negativo em 1.728 vagas, e na vizinha Betim houve 139 demitidos a mais que os contratados.

De janeiro a maio, Minas teve saldo positivo de 75.175 vagas formais, como resultado de 797.109 admiss�es e 721.934 desligamentos. Os servi�os responderam pela maior parte dos empregos gerados, com 31.246 postos de trabalho abertos no per�odo, seguidos da agropecu�ria, com 27.381; ind�stria, 13.385 oportunidades; e a constru��o civil, com 11.861 empregos. No Brasil, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o saldo do Caged � positivo em 351.063 vagas.

Cervejaria abre mais 600 postos em Minas


O Grupo Petr�polis, que produz cervejas como Itaipava, Petra e Crystal, vai dobrar a produ��o da f�brica que est� sendo instalada em Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro. O investimento � de R$ 1 bilh�o.As obras est�o em curso, com a inaugura��o prevista para julho de 2020. De acordo com a empresa, a repercuss�o da instala��o foi muito positiva e justifica a amplia��o da linha de produ��o. A expectativa � criar 600 postos de emprego diretos.

Segundo comunicado, a decis�o ocorreu depois de encontro da diretoria do Grupo Petr�polis com representantes do governo de Minas Gerais. O governador Romeu Zema, em entrevista ao Estado de Minas, adiantou a decis�o da f�brica de expandir o projeto inicial.

A unidade industrial passar� a produzir 9 milh�es de hectolitros de cerveja por ano, sendo a maior do grupo. A empresa mira no mercado consumidor mineiro, respons�vel pelo consumo de 13,8% de toda a cerveja produzida no pa�s. A localiza��o do estado, detentor da maior malha rodovi�ria do pa�s, tamb�m motivou a instala��o. O Grupo Petr�polis tem capital 100% nacional.


An�lise da not�cia


At� quando?

N�o h� motivo nem sequer para comemora��o dos resultados do emprego formal em Minas e no Brasil em maio. Al�m de n�meros ligados � sazonalidade, quer dizer, nada garante que v�o se repetir ou firmar tend�ncia, o pa�s est� diante de um insistente ritmo fraco da atividade econ�mica e tamb�m n�o h� o que comemorar em respeito aos milhares de desempregados.

� gente trabalhadora que espera desde o come�o do ano iniciativas de f�lego para voltar a trabalhar e a prioriza��o do gasto p�blico em favor da gera��o de empregos. No primeiro trimestre, 2,9 milh�es de pessoas em Minas estavam num grupo que sempre � lembrado, mas nas campanhas eleitorais: desempregados, subocupados com jornada de trabalho inferior �s 40 horas semanais legais no Brasil, e aqueles dispon�veis, mas que n�o conseguem vaga. A situa��o � t�o grave que 426 mil no estado se renderam ao desalento e desistiram de procurar trabalho. At� quando? 



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