Uma das principais vantagens do PIX, segundo o BC, � que as transa��es poder�o ser feitas em qualquer hor�rio, dia da semana ou do ano, diferentemente do que ocorre com DOC e TED, que possuem restri��es. Al�m disso, o pagamento ser� efetuado em no m�ximo dez segundos. No TED, por exemplo, o tempo m�ximo � de uma hora e meia.
As empresas ter�o liberdade para cobrar tarifas de seus clientes, como se faz, por exemplo, no TED e no DOC. O PIX poder� ser utilizado em todos os dispositivos eletr�nicos das institui��es financeiras ou de pagamento, como aplicativos para smartphones e caixas eletr�nicos.
A nova modalidade tamb�m poder� ser usada para qualquer tipo de transa��o, como transfer�ncias de dinheiro entre pessoas ou empresas, realizar compras presencialmente ou na internet, pagar contas dom�sticas, como �gua e luz, al�m de pagar taxas p�blicas, como a de passaportes ou impostos, ou de servi�os p�blicos, como o transporte p�blico.
O Banco Central acredita que o PIX ser� mais utilizado em smartphones, pois as institui��es financeiras ou de pagamento v�o disponibilizar em seus aplicativos a op��o. A finaliza��o da transa��o poder� ser feita por QR Code ou por preenchimento de dados pessoais como CPF, e-mail ou n�mero de celular. Os mecanismos de seguran�a para autentica��o do usu�rio v�o variar de acordo com a institui��o.
Entre os exemplos pr�ticos citados pelo BC est� a possibilidade de pagar um pipoqueiro por meio de um QR Code gerado pelo vendedor, com o pagamento feito pelo aplicativo da institui��o financeira na qual o consumidor tem conta.
O comerciante poder� criar um QR Code sempre igual para compras no mesmo valor, chamado pelo BC de QR Code est�tico, ou gerar um QR Code diferente para cada transa��o, para o caso de ter mais possibilidades de pre�os e produtos. A op��o foi chamada pelo BC de QR Code din�mico.
Segundo o diretor de Organiza��o do Sistema Financeiro e Resolu��o do BC, Jo�o Manoel de Pinho Mello, a ideia � que o PIX seja instant�neo para pagamentos como o WhatsApp � para mensagens. Ele espera tamb�m que o nome "PIX" se popularize de tal forma que as pessoas comecem a dizer "me faz um PIX" ou "me paga com PIX", assim como se fala atualmente para DOC ou TED.
Pinho de Mello tamb�m comparou o PIX aos boletos banc�rios e disse que a nova modalidade, por ser mais r�pida, pode diminuir prazos de entrega de compras feitas pela internet. Enquanto o boleto banc�rio demora um dia ou dois para registrar o pagamento, o PIX o far� em menos de dez segundos.
"Ent�o, um prazo de entrega de sete dias, por exemplo, poder� cair para dois dias", afirmou o diretor. Segundo a apresenta��o do BC, em compras feitas em loja online, o PIX vai aparecer como op��o de pagamento ao lado de boleto banc�rio e cart�o.
De acordo com o diretor, todas as possibilidades oferecidas pelo PIX estar�o dispon�veis a partir do dia 16 de novembro, com exce��o de pagamentos feitos por aproxima��o do smartphone, que come�ar�o a funcionar em 2021.
O BC quis deixar claro que cada institui��o financeira ou de pagamento poder� oferecer solu��es pr�prias para facilitar a experi�ncia do usu�rio e se diferenciar dos seus concorrentes. O que o governo est� oferecendo � um novo meio de pagamento, que servir� como plataforma para as empresas.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, que fez uma r�pida apresenta��o no in�cio do lan�amento, acredita que a nova modalidade de pagamento seja um "embri�o" da transforma��o de intermedia��o financeira que ocorrer� no Pa�s, em meio ao crescimento da ind�stria de fintechs. "Com esse projeto e outros que vir�o ao longo de 2021, vamos ter uma diferencia��o da forma de fazer transa��es financeiras no Brasil", disse.