
A Embraer contratou o Ita� Unibanco para assessorar no pacote de socorro que est� sendo costurado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). O resgate, que ocorre ap�s a uni�o frustrada com a Boeing, pode ficar entre US$ 1 bilh�o e US$ 1,5 bilh�o, apurou o Estad�o/Broadcast com tr�s fontes de mercado.
A opera��o deve contar ainda com o apoio de outros bancos privados que foram convidados, mas ainda n�o est�o envolvidos nas negocia��es. Nos pr�ximos dias, o banco de fomento deve convocar essas institui��es para, juntos, trabalharem no pacote de ajuda � Embraer.
Os bancos privados t�m interesse no neg�cio principalmente se ele envolver concess�o de cr�dito, e n�o compra de participa��o na fabricante de avi�es. Com a entrada de Ita�, Bradesco e Santander, o pacote de ajuda deve envolver cr�dito novo e alongamento de prazo de d�vidas j� contratadas. Tamb�m s�o consideradas novas emiss�es de t�tulos de d�vida, como deb�ntures e b�nus de subscri��o de a��es (no qual os acionistas t�m prefer�ncia de compra).
Procurado, o Ita� n�o confirmou a informa��o de que foi o escolhido para assessorar a Embraer. Mais cedo, em teleconfer�ncia com a imprensa, o presidente do banco, Candido Bracher, disse que a institui��o est� participando das discuss�es para ajudar setores espec�ficos afetados pela pandemia, mas seu apetite est� voltado para a concess�o de cr�dito �s empresas.
Desde que a Boeing rescindiu o contrato com a fabricante brasileira, h� cerca de duas semanas, ficou claro que a Embraer precisar� de capital. O resgate, contudo, dever� vir depois da ajuda �s companhias a�reas, mais fr�geis diante da atual crise trazida pela pandemia de covid-19. Desde que a doen�a se espalhou, grande parte dos avi�es est� no ch�o, o que tem amea�ado a sobreviv�ncia das empresas.
Longo prazo
Ao contr�rio dos demais setores, nos quais o problema � de liquidez de curto ou m�dio prazos, com a Embraer o problema � mais profundo. A fabricante de avi�es tem caixa para honrar seus principais compromissos. No entanto, a transa��o com a Boeing ajudaria a posicion�-la para a competi��o internacional e fazia parte de um plano estrat�gico de longo prazo - o que se esvaiu com a rescis�o da opera��o. Nesse neg�cio o banco que atuava pela Embraer era Citi. Procurado, o banco n�o comentou.
Ap�s pedido de entrevista, a Embraer informou que "regularmente avalia o acesso a fontes complementares de financiamento, tanto no mercado brasileiro como no mercado internacional". A companhia afirmou ainda que analisa "poss�veis financiamentos, at� mesmo do BNDES, sem que haja uma defini��o, nesse momento, quanto a uma linha espec�fica".