P�r a mesa num domingo de Dia das M�es nunca foi t�o dif�cil para os restaurantes de Belo Horizonte. O primeiro desafio � conceitual: como servir refei��es em fam�lia num momento em que encontros e reuni�es dentro e fora de casa est�o desaconselhados por causa da pandemia de coronav�rus? O segundo � matem�tico: sem capital de giro e poucos recursos para investir em insumos, as empresas precisam oferecer op��es atrativas e baratas, j� que a clientela est� sem dinheiro.
"Mar�o j� foi terr�vel, abril foi ainda pior. Desde o decreto de quarentena, as empresas s� podem trabalhar por delivery, que � um dinheiro que pinga. N�o cobre 20% das despesas b�sicas dos restaurantes", analisa Fabr�cio Lana, Conselheiro da Abrasel-MG
“Sem capital de giro, muitas casas est�o recorrendo a empr�stimos para sobreviver, mas os bancos est�o negando. Com isso, em todo o estado, cerca de 30% das casas fecharam. A maioria n�o ter� condi��o de reabrir depois da pandemia, porque a sa�de financeira n�o vai permitir. Ningu�m se recupera f�cil depois de ser atropelado por um trator desse”, completa
O dirigente calcula que, nesse feriado, a queda faturamento em BH, onde funcionam 22.524 restaurantes, deve cair 60% na compara��o com o mesmo per�odo do ano passado. Mais da metade dos 135.144 empregados diretos do setor j� teria sido demitida.
Sa�da pelo caf�
Dono da cafeteria, restaurante e coworking Cofice, com unidades instaladas na Pra�a da Liberdade e no Centro de BH, o empres�rio Matheus Campos diz que teme as incertezas do futuro, mas prefere manter o foco na luta di�ria pela sobreviv�ncia. “Vai ser dif�cil para qualquer neg�cio se manter no mercado depois que tudo isso passar, mas o �nico jeito � insistir e tentar inovar”, avalia.
Para o Dia das M�es, a novidade da casa � o “Caf� de v�”, esp�cie de brunch mineiro delivery que pode ser compartilhado em fam�lia, enviado para m�es impedidas de receber visitas, ou mesmo consumido por aqueles que queiram recuperar a nostalgia das mesas fartas preparadas pelas matriarcas da fam�lia para os filhos e netos.
Entre os itens inclu�dos no lanche, elaborado pela chef Mariana Gontijo, h� molho de lingui�a, geleia, bolos e p�es caseiros, ovo caipira, queijos, mel e panquecas. “Criamos um produto com sabor de inf�ncia e cuidado de m�e, ao mesmo tempo que pr�tico e vers�til. � uma aposta. N�o esperamos, a princ�pio, um retorno muito grande, o momento � dif�cil. Por enquanto, o que buscamos � entender o que o cliente precisa”, comenta. Matheus relata que, em decorr�ncia da crise do coronav�rus, precisou demitir 25% de seus funcion�rios. O faturamento caiu 85%.
Simples e caseiro
Situado no Bairro de Lourdes, Regi�o Centro-Sul da capital, o restaurante Gomez abriu m�o da sofistica��o em favor da simplicidade. Os pratos contempor�neos preparados com ingredientes caros e refinados deram lugar a op��es singelas e acess�veis como o Sunday Roast. Vendida a R$ 32, a iguaria inclui uma prote�na - frango, fil� bovino ou barriga de porco prensada - acompanhada de legumes e p�es. “A proposta da casa sempre foi criar uma experi�ncia �nica e completa para o cliente. Com o sal�o fechado, fica um pouco complicado. Mantivemos a qualidade, mas elaboramos um prato mais acess�vel, pois sabemos que o momento � de conten��o de gastos”, afirma o gerente Rudolf Tschoepe.

Especializado na culin�ria italiana, o Est! Cucina Italiana , que funciona no bairro Funcion�rios, Regi�o Centro-Sul da cidade, aposta no clima de intimidade familiar, refor�ada pela quarentena. O propriet�rio Henrique Passini lan�ou kits para cozinhar em casa, com ingredientes e receitas de pratos italianos tradicionais, como o fettuccine � carbonara e o talharim � putanesca. “O perfil dos nossos clientes � de quem gosta de ir para a cozinha Tanto que temos um curso de massas na casa. Os kits podem ser solicitados via aplicativos, como o Ifood”, explica.
Passini conta que o delivery ainda responde por uma por��o muito pequena do neg�cio, cujo faturamento caiu 90% desde o in�cio de abril.
"Antes da pandemia, as entregas representavam algo em torno de 5%. Esse percentual aumentou, mas n�o chega nem a 10%. Por causa disso, precisei demitir funcion�rios - os que ainda estavam em contrato de experi�ncia - e suspender grande parte deles. De qualquer forma, n�o sou pessimista quanto ao futuro. Quando a crise passar, acredito que vamos nos reerguer", projeta.
Conhecido por suas cria��es inventivas, o chef Zito Cavalcante, propriet�rio do Padu Cozinha Festiva diz que, desta vez, optou por “n�o inventar moda”. Para o fim de semana, a proposta do restaurante, que fica no Bairro Santo Ant�nio, � a cl�ssica moqueca de badejo com camar�o, acompanhada por pir�o de peixe, farofa de coco queimado e arroz de alho, iguaria que sai por R$ 65 (por��o para duas pessoas). Otimista, o empres�rio aposta no sucesso do prato. “O pessoal j� est� pedindo. Vai ser uma del�cia. Acho que vai ser muito bom”, opina.
DELIVERY
Cofice
Pedidos via Whatsapp, Ifood e 99Pop
31 99694-9129
Pedidos via Whatsapp e Ifood
31 999225300
Pedidos via Ifood e telefone
31 2526-5852
Pedidos via telefone, WhatsApp, Ifood e UberEats
31 99983-1551 e 3143-0802