
Sinais de corrup��o e lavagem de dinheiro aos montes: em apenas tr�s meses realizando o servi�o, os cart�rios espalhados pelo Brasil j� comunicaram 132.855 opera��es suspeitas de crime ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Para efeito de compara��o, os cart�rios j� registraram mais suspeitas no Coaf do que os bancos em todo 2019. Vale lembrar que as institui��es financeiras concentram boa parte dos casos de corrup��o e lavagem de dinheiro no Brasil.
No ano passado, os bancos reportaram 118.532 opera��es suspeitas ao Coaf, 14.323 a menos que os cart�rios entre fevereiro e abril. Os dados s�o da Associa��o dos Not�rios e Registradores (Anoreg).
Os cart�rios passaram a comunicar o Coaf transa��es suspeitas em 3 de fevereiro, quando o Conselho Nacional de Justi�a (CNJ) incluiu esses �rg�os no combate � lavagem de dinheiro e � corrup��o no Brasil.
Com isso, determinadas transa��es de compra e venda de im�veis, procura��es, d�vidas e registro de empresas – que envolvam suspeitas de corrup��o, lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo – passaram a ser analisadas pelos cart�rios, e posteriormente comunicadas ao Coaf.
Devem ser comunicadas opera��es sem o devido fundamento legal ou econ�mico e tamb�m aquelas que envolvam o pagamento ou recebimento de valor em esp�cie acima de R$ 30 mil.
O mesmo vale para as transmiss�es do mesmo bem material, realizadas em menos de seis meses, se a diferen�a entre os valores declarados for superior a 50%.
O texto inclui, ainda, as doa��es de im�veis avaliados em, no m�nimo, R$ 100 mil para terceiros sem v�nculo familiar.
Todas as informa��es remetidas s�o sigilosas.
Em mar�o, foram 54.308 suspeitas desse tipo informadas pelos cart�rios, 44% a mais que em fevereiro. Em abril, houve uma queda para cerca de 40 mil comunica��es dos tabeli�es ao Coaf, justamente quando a pandemia do novo coronav�rus chegou ao pa�s.
Al�m dos cart�rios e dos bancos, seguradoras e cooperativas de cr�dito est�o entre os segmentos com mais reportes ao Coaf. No trimestre de fevereiro a abril, no entanto, os quatro setores comunicaram 40% menos transa��es suspeitas que os cart�rios.
Com Estad�o Conte�do