A fila na entrada do Shopping Cidade, Centro de BH, come�ou a se formar �s 11h, uma hora antes do in�cio das atividades do estabelecimento. (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Os clientes que, antes das 11h desta quarta-feira (12), formavam longa fila na entrada do Shopping Cidade, Centro de BH, vieram dispostos a gastar dinheiro. A aposta � dos lojistas do centro de compras, com base no desempenho das vendas da semana passada - a primeira em que a escala de revezamento do com�rcio come�ou a valer. O protocolo estabelecido pela Prefeitura de Belo Horizonte na �ltima quarta (5) prev� tr�s dias de funcionamento e os quatro seguintes de portas fechadas.
Otimistas, os comerciantes relatam ter superado as metas estabelecidas para o retorno das atividades e esperam lucrar, nos pr�ximos tr�s dias, ao menos 40% em rela��o ao que costumavam faturar antes da pandemia de COVID-19. “Tr�s dias de vendas aqui no shopping de meio-dia �s 20h, na semana passada, me renderam o equivalente a um m�s inteiro de faturamento no delivery. S� posso estar otimista, comemora Liandra Tavares, propriet�ria da franquia de produtos naturais Bio Mundo. “Al�m disso, eu vendo muitos produtos perec�veis, preciso dar giro neles. Ent�o, qualquer dia de porta aberta para mim j� � um al�vio”, completa.
Na franquia de presentes Imaginarium, o vendedor Daniel do Carmo diz que espera um movimento menor que o da estreia da escala, que abarcou o Dia dos Pais - uma das datas mais rent�veis do calend�rio do com�rcio. Na v�spera do feriado, ele afirma que o estabelecimento chegou a bater 70% da receita de um dia normal, anterior � epidemia. De hoje a sexta, o funcion�rio estima que as vendas v�o cair um pouco, mas confia que ficar�o acima das previs�es da C�mara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), de apenas 30% de recupera��o nos ganhos.
'Tr�s dias de vendas (presenciais) na semana passada, me renderam o equivalente a um m�s inteiro de faturamento no delivery', comemora a propriet�ria da franquia Bio Mundo. (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
“O fluxo de clientes, com certeza, vai diminuir, pois vendemos sobretudo presentes, artigos que saem mais em datas especiais, como o Dia Dos Pais. Mas estamos animados. Em 40 minutos de funcionamento hoje, fizemos duas vendas, � um movimento bom. Acredito que podemos atingir at� 60% do faturamento normal”, avalia Daniel.
A gerente da confec��o de roupas Zinzane, Josy Alves, relata que se surpreendeu com a volta da clientela e diz que a loja, esta semana, vai focar nas promo��es. “Semana passada, abrimos cheios de lan�amentos e produtos da cole��o de ver�o, mas as pessoas chegaram aqui atr�s das promo��es. Diante disso, agora baixamos todo o nosso estoque de pe�as promocionais, especialmente de tric�. Como ainda est� frio em BH, a clientela ainda est� � procura de roupas de inverno”, detalha Josy.
Insatisfa��o
Na confec��o de roupas Zinzane, a gerente Josy Alves diz que a loja vai focar nas promo��es. (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
A anunciada redu��o nos pre�os, no entanto, parece n�o ter sido suficiente para agradar muitos dos consumidores que circulavam pelo shopping esta tarde. A aposentada Solena Amado � um deles. At� por volta de 13h, ela acumulava tr�s sacolas, mas conta que desistiu de fazer mais compras ao observar que os produtos estavam mais caros do que o habitual.
“Comprei um t�nis, umas meias, e umas m�scaras, s� coisa que eu precisava mesmo. Estou achando tudo muito caro. S� vi promo��o que compensa mesmo de botas, sand�lias, itens que n�o me interessam”, comenta.
O pedreiro L�cio Silva tamb�m se diz insatisfeito com os valores das mercadorias. “Vim aqui trocar uma cal�a e pretendia comprar um t�nis. Vou deixar para o m�s que vem, pois n�o achei op��es que me agradassem e coubessem no meu bolso. Esperava encontrar mais promo��es. Tive a impress�o de que as lojas est�o querendo ‘tirar o atraso’ da pandemia”, queixa-se.
Houve quem reclamasse do ambiente pouco prop�cio ao passeio, j� que a pra�a de alimenta��o dos shoppings est�o fechadas, j� que os itens vendidos nas pra�as de alimenta��o n�o podem ser consumidos dentro do estabelecimento. “Estou sentindo falta da m�sica ao vivo que tem aqui, da cervejinha com os amigos que eu costumava tomar de vez em quando. Quando isso vai voltar? Falta de vida social tamb�m adoece”, protestou o vendedor Edson Santos.
Seguran�a
Term�metros digitais foram instalados nas entradas do Shopping Cidade, para medir a temperatura dos clientes. (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
O Shopping Cidade funciona, atualmente, com 70% da circula��o habitual. Ou seja: 4.182 pessoas, incluindo trabalhadores do com�rcio, segundo a superintendente Luciane Starling. Ainda de acordo com a gestora, o local re�ne, atualmente, 170 lojas. Duas teriam fechado as portas definitivamente durante a pandemia. O shopping pretende divulgar n�meros relativos ao faturamento p�s-reabertura apenas no fim deste m�s.
Todas entradas do centro de compras foram equipadas com term�metros digitais infravermelhos. Havia ainda funcion�rios e bombeiros civis mobilizados no controle do fluxo de clientes nas escadas rolantes e corredores.
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O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte. V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
