
De acordo com o presidente executivo da Amis, Ant�nio Claret Nametala, o bom desempenho no primeiro semestre est� diretamente relacionado �s mudan�as provocadas pela pandemia no cotidiano do consumidor. Com o isolamento social, o consumo fora do lar se voltou para dentro de casa.
“Foi exatamente a mudan�a de h�bito da popula��o o fator gerador desse aumento das vendas. Ficou todo mundo em casa trabalhando - grande parte desse tempo em home office - crian�as sem aula, restaurantes e bares fechados e, evidentemente, a op��o que a popula��o tem � fazer a refei��o no pr�prio lar”, avaliou.
Ainda segundo Claret, a proje��o incial de crescimento para 2020 inteiro era de 4,5%, um pequeno avan�o em rela��o aos 4,19% de 2019. Os dois primeiros meses deste ano foram superiores ao mesmo per�odo do ano passado, mas, em mar�o, o setor come�ou a sentir o reflexo da pandemia.
Custos elevados
A expans�o nas vendas n�o significou o mesmo retorno nos lucros do setor, visto que os supermercados, classificados como atividade essencial, precisaram investir uma boa quantia na compra de equipamentos de prote��o individual, qualifica��o dos funcion�rios para manter o atendimento � popula��o de acordo com as regras sanit�rias de preven��o � COVID-19 e outras atividades ligadas aos cuidados com a doen�a.
“Os custos dos supermercados est�o bem mais altos do que eram e n�s (da Amis) estamos chamando a aten��o do empres�rio para isso. O fato de o setor investir n�o significa que tivemos um resultado l�quido na mesma propor��o”, esclareceu Claret.
Regi�es
Na avalia��o por regi�es de Minas, os melhores desempenhos no semestre foram apontados pela Regi�o Central (12,14%), Tri�ngulo Mineiro/Alto Parana�ba (10,89%) e do Sul (9,40%).
Em contrapartida, o crescimento menor foi verificado no Centro-Oeste (4,64%), onde a queda do emprego foi elevada no per�odo, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Para acessar o balan�o de desempenho completo, acesse aqui.
Alta nos produtos b�sicos
Ainda de acordo com Claret, a alta de pre�os de produtos b�sicos como o arroz, feij�o, leite e �leo se deve ao fato de algumas empresas, durante o primeiro semestre, priorizarem a exporta��o de produtos, gerando, assim, uma disputa seguida de aumento no valor dos itens no mercado interno.
“Logo quando come�ou a pandemia, n�s tivemos um movimento em rela��o a essa alta. Conversamos com os produtores, agentes do mercado, de uma forma geral, com os �rg�os legais, porque v�nhamos recebendo uma press�o de aumento na tabela de pre�os apresentada pelos supermercados. Tivemos ainda uma conversa, por meio da Associa��o Brasileira de Supermercados, com o Minist�rio da Agricultura para tentar entender o que est� acontecendo e para pedir ajuda nesse sentido”, detalhou o processo.
“Sabemos que a procura al�m da oferta gera esse movimento, mas temos um fato gerador desse momento que � a possibilidade de exporta��o de algumas empresas fazendo press�o no mercado interno. Pedimos ao minist�rio que nos ajude para que se continuar essa press�o, tenhamos a possibilidade de importa��o de produtos para equilibrar o mercado”, explicou o presidente executivo da Amis.
*Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz