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Estado de Minas E O SAL�RIO, �

Conta de luz deve ficar em bandeira vermelha todo o ano que vem, prev� BC

Justificativa reflete escassez na produ��o de energia das hidrel�tricas por causa da falta de chuvas


18/12/2020 08:20

(foto: Copel/Divulgação)
(foto: Copel/Divulga��o)


A conta de luz vai continuar pesando no bolso do consumidor, pelo menos, at� o fim do ano que vem. Durante a apresenta��o do Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI), ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu que a previs�o da autarquia para a infla��o dos pre�os administrados, em 2021, de 4,27%, est� acima das estimativas do mercado, de 3,5%.

Os pre�os administrados s�o aqueles regulados por contrato ou que dependem de autoriza��o do governo para serem reajustados. Ao explicar o caso da energia el�trica, Campos Neto e o diretor de Pol�tica Econ�mica do BC, Fabio Kanczuk, disseram que o cen�rio tra�ado para os pre�os de servi�os administrados incorpora uma proje��o da bandeira vermelha nas faturas de energia at� dezembro de 2021, ou seja, que haver� cobran�a adicional na conta de luz.

O governo havia congelado as tarifas em maio, devido � pandemia do novo coronav�rus, mas antecipou para este m�s o reajuste e passou a utilizar a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara do sistema el�trico, devido � queda no n�vel dos reservat�rios e o aumento do consumo da popula��o. Isso significou um acr�scimo de R$ 0,06243 para cada kWh consumidos, ou R$ 6,243 para cada 100 kWh. Por conta disso, a energia el�trica � um dos principais fatores, ao lado do pre�o dos alimentos, que tem pressionado o custo de vida neste fim de ano.

O sistema de bandeiras tarif�rias, utilizado pela Aneel, procura sinalizar para o consumidor o custo real da energia, induzindo o uso mais consciente do insumo. Quando a bandeira � verde, significa que n�o h� maiores restri��es ao consumo, porque os reservat�rios est�o cheios e a produ��o das hidrel�tricas est� normal. Bandeira amarela indica preocupa��o. Bandeira vermelha � sinal de alerta. Nesse caso, o custo de gera��o est� bem mais alto. Foi o que aconteceu agora em dezembro. Com a estiagem prolongada, a gera��o das hidrel�tricas diminuiu e o sistema acionou usinas termel�tricas, que funcionam com g�s ou com �leo diesel, e t�m custo de gera��o mais elevado.

O cen�rio descrito pela autoridade monet�ria ainda prev� que o custo da energia continuar� alto tamb�m em 2022. Ao citar o conjunto de hip�teses que o BC faz sobre os mais vari�veis itens da energia el�trica, Kanckzuc e Campos Neto destacaram que, “para dezembro de 2021, “o BC considera bandeira vermelha 1, e, para 2022, bandeira amarela”.

“Reconhecemos que vai ter uma subida da infla��o em 2021”, afirmou Campos Neto. No entanto, nas proje��es do BC a infla��o continuar� dentro das metas tra�adas pelo Conselho Monet�rio Nacional. As estimativas para o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, conforme o Relat�rio de Infla��o, est�o em 4,3%, passando para 3,4%, em 2021 e em 2022. Para 2023, o cen�rio previsto para o custo de vida � de alta de 3,3%.

 

Suspens�o de cobran�a no Amap�
V�timas da situa��o de calamidade que tomou conta do Amap� entre o fim de outubro e o m�s passado, 185 mil consumidores de energia tiveram a cobran�a das contas de luz suspensas, entre 26 de outubro e 24 de novembro, por conta de medida provis�ria editada pelo governo federal. Na pr�tica, n�o se tratou de nenhuma benesse ao consumidor, uma vez que este ficou, de fato, sem consumidor energia, tendo de conviver com o caos por semanas, em decorr�ncia do apag�o que deixou a maior parte do Estado no escuro.

A isen��o de cobran�a, que abrangeu 13 munic�pios do Estado, chegou a R$ 55,6 milh�es no per�odo. O governo havia autorizado o repasse de at� R$ 80 milh�es para cobrir essa conta. Os munic�pios de Oiapoque, Laranjal do Jari e Vit�ria do Jari, segundo informa��es da Companhia Eletricidade do Amap� (CEA) e a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), n�o foram afetados pela interrup��o.

Em 10 de novembro, a CEA informou que o apag�o no Estado tinha afetado o fornecimento de energia para cerca de 85% da popula��o do Amap�. A empresa alegou que o resultado do corte levou, automaticamente � queda de seu faturamento e arrecada��o, causando dificuldades para “honrar seus compromissos financeiros, tanto os relativos �s obriga��es setoriais, quanto com rela��o a outras despesas, com forte probabilidade de repercuss�o negativa na qualidade do servi�o oferecido”.

Gasolina: aumento de 9,5%
Os postos de revenda aproveitaram a demanda maior por combust�veis para for�ar a m�o nos pre�os da gasolina. Ontem, promoveram reajustes m�dios de 9,5% nas bombas, o triplo dos 3% que a Petrobras anunciou que passaria a cobrar das distribuidoras, na �ltima ter�a-feira.

Em alguns postos, o litro da gasolina ficou R$ 0,41 mais caro, passando de R$ 4,289 para R$ 4,699. A eleva��o surpreendeu os consumidores. “Levei um susto quando cheguei ao posto”, disse o economista S�rgio Antunes, 36 anos. “H� muito tempo, n�o vejo um aumento assim de um dia para o outro”, acrescentou.

O gerente de um movimentado posto do Distrito Federal ressaltou que essa tem sido a rotina dos postos, num dia, d�o um desconto no pre�o da gasolina, no outro, jogam o valor para cima. “Dizem que o aumento atual � para fazer caixa, pois as pessoas est�o com mais dinheiro no bolso”, frisou.

A aposentada Lu�za Soares, 67, assegurou que aproveitar� este fim de ano para ficar com o carro estacionado na garagem. “N�o quero saber de dirigir. Tudo o que tiver que fazer nas pr�ximas duas semanas ser� a p�, perto de casa. N�o d� para ficar enchendo o tanque do carro com a gasolina a quase R$ 5”, arrematou.

O �ltimo aumento da gasolina nas refinarias anunciado pela Petrobras foi na ter�a-feira.


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