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Estado de Minas PREJU�ZO

Morte por COVID-19 tira R$ 5 bilh�es das fam�lias

O estudo foi feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Get�lio Vargas (Ibre/FGV)


25/01/2021 07:05 - atualizado 25/01/2021 08:06

As mortes por COVID-19 de brasileiros a partir de 20 anos enxugaram em R$ 5,1 bilhões a massa de renda potencial das famílias atingidas no período de um ano(foto: Adão de Souza/PBH)
As mortes por COVID-19 de brasileiros a partir de 20 anos enxugaram em R$ 5,1 bilh�es a massa de renda potencial das fam�lias atingidas no per�odo de um ano (foto: Ad�o de Souza/PBH)

A pandemia do novo coronav�rus gerou perdas irrepar�veis para as milhares de fam�lias brasileiras que se despediram de entes queridos v�timas da doen�a. O preju�zo afetivo � inestim�vel, mas h� ainda uma importante consequ�ncia financeira, j� que muitas das v�timas eram trabalhadores ou aposentados respons�veis pelo sustento familiar.

As mortes por COVID-19 de brasileiros a partir de 20 anos enxugaram em R$ 5,1 bilh�es a massa de renda potencial das fam�lias atingidas no per�odo de um ano.

A perda � de R$ 2,2 bilh�es na renda potencial das fam�lias nos Estados de S�o Paulo e Rio de Janeiro, calcula um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Get�lio Vargas (Ibre/FGV) obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo e pelo Broadcast, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado.

"Isso vai acabar lan�ando mais gente na pobreza", lamentou Claudio Considera, coordenador do N�cleo de Contas Nacionais do Ibre/FGV, respons�vel pelo levantamento.

Os dois Estados concentram juntos mais de 40% das v�timas fatais da pandemia. O c�lculo considera uma perda de cerca de R$ 1,1 bilh�o em rendimentos do trabalho das v�timas na faixa et�ria de 20 a 69 anos, e mais R$ 1,1 bilh�o em aposentadorias dos mortos com idade a partir de 70 anos.

"Morreram muitos idosos. A gente sabe que em muitas fam�lias a renda do idoso � a �nica dispon�vel. Se n�o era a �nica, era a maior parte da renda familiar, porque nenhuma aposentadoria � menor que o sal�rio m�nimo. Essa pessoa podia estar ativa no mercado de trabalho. Tem muita gente em idade ativa que morreu. � menos gente para produzir, menos gente para gerar renda e riqueza. Essas fam�lias sentir�o um impacto no consumo", avaliou Maria Andreia Lameiras, t�cnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea).

O estudo do Ibre/FGV considerou a morte de 205,1 mil brasileiros v�timas da covid-19 entre 16 de mar�o de 2020 e 15 de janeiro de 2021, sendo 14,7% dos �bitos ocorridos no Estado do Rio (30,2 mil) e 26,4% deles no Estado de S�o Paulo (54,1 mil).

A massa de rendimentos mensais totais das 91,3 mil pessoas falecidas no Brasil com idades entre 20 e 69 anos foi de R$ 204,0 milh�es. No ano, a soma corresponde a R$ 2,4 bilh�es.

No Rio de Janeiro, a massa de renda das v�timas fatais entre 20 e 69 anos era de R$ 28,3 milh�es mensais, ou seja, R$ 339,4 milh�es em um ano.

Em S�o Paulo, a massa de renda das v�timas nessa faixa et�ria era de R$ 62,9 milh�es mensais, o equivalente a R$ 755,1 milh�es em um ano.

Na faixa et�ria de 20 a 69 anos, 45% da renda perdida foram decorrentes da morte de fluminenses e paulistas, resumiu Considera.

"As pessoas que est�o falecendo est�o deixando um buraco no seu emprego. Elas podem ser substitu�das, mas por pessoas que n�o ter�o o mesmo n�vel de conhecimento e treinamento. Como tem muita gente bem formada desempregada, num primeiro momento voc� consegue substituir, mas depois eles far�o falta. Reduz o n�mero de pessoas treinadas e atrapalha a produtividade quando aumentar o n�vel de emprego", disse Claudio Considera.

"Mesmo que a economia volte a crescer, essa renda n�o volta mais, essas pessoas n�o est�o mais aqui. Isso afeta a oferta de m�o de obra mais adiante. S�o v�rios efeitos secund�rios, de queda na renda. N�o � coisa pequena, s�o 200 mil mortos, � muita gente tanto pelo ponto de vista individual quanto pelo coletivo", ressaltou Maria Andreia Lameiras, do Ipea. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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