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Estado de Minas ECONOMIA

Depois de quase 6 anos, BC sobe juros para controlar infla��o; Selic vai a 2,75%

A previs�o do mercado � de que a taxa continue avan�ando, terminando 2021 em 4,5% ao ano e 2022 em 5,5% ao ano


17/03/2021 18:57 - atualizado 17/03/2021 19:23

Na prática, quanto menores os juros básicos da economia, mais barato fica o crédito(foto: Leonardo Sá/Agencia Senado)
Na pr�tica, quanto menores os juros b�sicos da economia, mais barato fica o cr�dito (foto: Leonardo S�/Agencia Senado)
Pressionado pela alta dos pre�os dos alimentos e dos combust�veis, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a Selic (a taxa b�sica da economia) em 0,75 ponto porcentual, para 2,75% ao ano. Depois de sete meses com os juros no menor n�vel da hist�ria, essa � a primeira eleva��o na Selic desde julho de 2015.

A previs�o do mercado � de que a taxa continue avan�ando, terminando 2021 em 4,5% ao ano e 2022 em 5,5% ao ano.

Na pr�tica, quanto menores os juros b�sicos da economia, mais barato fica o cr�dito para empresas e fam�lias, o que possibilitou o crescimento dos financiamentos no auge da crise e ajudou a segurar as quedas na atividade e no emprego.

Ao voltar a subir os juros, o Copom mira a infla��o de m�dio e longo prazo, tentando evitar que alta dos pre�os se dissemine na economia.

O centro da meta de infla��o perseguida pelo BC em 2021 � de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 � de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o par�metro para 2023 � de infla��o de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

Teste para BC aut�nomo: elevar os juros mesmo com o agravamento da crise
A decis�o foi o primeiro teste e tudo indica mais dif�cil at� agora para o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e sua equipe ap�s o Congresso aprovar no m�s passado a autonomia da institui��o, com a justificativa de garantir a condu��o da pol�tica de juros sem press�es pol�ticas.

A perspectiva de a economia brasileira entrar em recess�o t�cnica, no segundo trimestre deste ano, num quadro de recrudescimento da pandemia, combinado com medidas de isolamento e lockdown, s� amplia o desconforto com a medida. Com a infla��o em 12 meses se aproximando de 7% em abril, desemprego e PIB negativo, a economia vive uma situa��o de estagfla��o.

O momento � ainda mais delicado porque o pr�prio presidente Jair Bolsonaro contribuiu para elevar, nas �ltimas semanas, a cota��o do d�lar disparando uma s�rie de movimentos err�ticos e contradit�rios na economia, que come�ou com a interven��o da Petrobr�s, passou pela tentativa de flexibilizar o teto de gastos (a regra que atrela o crescimento das despesas � infla��o) e terminou com a articula��o de uma manobra para desidratar as medidas de corte de gastos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do aux�lio emergencial.

O resultado: mais press�o sobre a infla��o, a ponto de Campos Neto ter entrado nas negocia��es pol�ticas para impedir uma derrota geral na vota��o, o que complicaria ainda mais o trabalho do BC na condu��o da pol�tica monet�ria (calibrar a taxa b�sica de juros, a Selic, para o controle da infla��o).


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