
As d�vidas das entidades de sa�de somam pelo menos R$ 8 bilh�es, de acordo com a Confedera��o das Santas Casas e Hospitais Filantr�picos (CMB).
A transmiss�o pela internet contou tamb�m com a participa��o do presidente da Caixa, Pedro Duarte Guimar�es.
De acordo com a CEF, as Santas Casas e hospitais filantr�picos poder�o contratar a nova linha de cr�dito com juros 42% mais baratos que a taxa cobrada atualmente.
A linha “Caixa Hospitais P�s-Fixadas” ter� taxa a partir de 0,29% aos m�s, mais o Certificado de Dep�sito Banc�rio (CDI).
As institui��es hospitalares ter�o car�ncia de seis meses para o pagamento da primeira parcela.
O prazo para amortiza��o dos empr�stimos foi ampliado para 120 meses (10 anos) – atualmente, � de 84 meses (sete anos).
A Caixa anunciou ainda o prazo de mais 180 dias para que as Santas Casas e hospitais filantr�picos possam fazer os pagamentos das parcelas das linhas de cr�dito Caixa Hospitais, Caixa Giro SUS e Caixa Hospitais FGTS.
Aumento de gastos na pandemia
A Confedera��o das Santas Casas e Hospitais Filantr�picos (CMB) considerou que com a redu��o das taxa de juros nos empr�stimos a CEF vai ajudar a aliviar o aperto financeiro enfrentado pelos hospitais com a compra de Equipamentos de Prote��o Individual e outros materiais para o enfrentamento da pandemia da COVID-19.
Alega que tamb�m houve o aumento de despesas de pessoal.
“Se este programa vier da maneira que vem sendo divulgado, com os benef�cios de taxas a prazos previstos, vai ser de extrema import�ncia em um momento que estes hospitais trabalham com um fluxo de caixa extremante apertados haja vista os in�meros compromissos firmados com fornecedores para aquisi��o de novos equipamentos, insumos e EPIs, que est�o sendo adquiridos a pre�os extremamente superiores que vinham sendo praticados antes da pandemia”, afirma Mirocles V�ras, presidente da CMB.
“Houve ainda a amplia��o da folha de pagamentos para poder aumentar as equipes m�dicas e a queda de receita significativa de atendimento de pacientes advindos de planos privados e particular. Nesse cen�rio, este programa, que traz a oportunidade de os hospitais renegociarem suas d�vidas, vem para minimizar muito o impacto da pandemia sobre o fluxo de caixa das institui��es”, relata V�ras.
Ex-presidente da Comiss�o de Sa�de de Assembleia Legislativa, o deputado estadual Arlen Santiago (PTB), que � m�dico, salienta que o endividamento das Santas Casas e hospitais filantr�picos � um problema antigo, agravado pelos baixos valores dos procedimentos hospitalares pagos pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS) – abaixo do custo.
Ele ressalta quem desde gest�es passadas, iniciou uma luta para conseguir a redu��o dos juros dos empr�stimos dos bancos oficiais para os hospitais, conforme a proposta encaminhada ao governo federal pelo deputado Pinheirinho.
Santiago afirmou que “h� muitos anos” o pa�s tinha uma situa��o injusta, liberando financiamentos oficiais, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES), com juros a 3% ao ano.
“At� para empres�rios com suspeita de corrup��o como o pessoal da Odebrecht e o Eike Batista”, conta, enquanto os hospitais tinham que pagar empr�stimos com taxas de juros de 20% ano.
Ele salientou que as altas de taxas de juros nos empr�stimos pagos pelas institui��es de sa�de vinham sacrificando a popula��o: “Quando um hospital n�o consegue pagar suas contas, quem � sacrificada � a popula��o”.