
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), 68% dos trabalhadores que ficaram sem trabalho no segundo trimestre de 2020 tinham postos informais. Levantamento do mesmo instituto mostra que, at� o fim de 2019, essa categoria representava 38 milh�es de pessoas e, em muitos estados, o n�mero de informais supera a barreira de 50% do total de trabalhadores.
De acordo com a advogada, esta situa��o revela que os brasileiros informais que foram dispensados durante a pandemia n�o tiveram direito ao FGTS, ao seguro-desemprego, ao acerto pelo tempo trabalhado, ao pagamento de f�rias e 13º sal�rio, nem a qualquer outro direito garantido, benef�cios comuns a quem tem a carteira de trabalho assinada e que garantem algum per�odo de estabilidade para quem acabou de perder o emprego.
Em sua an�lise, Thaluana Alves n�o ignora as vantagens que o trabalho informal pode mostrar – como ganhos imediatos com as vendas, muitas vezes mais altos do que o empregado formal, autonomia e flexibilidade nos hor�rios –, mas tamb�m n�o deixa de elencar uma s�rie de desvantagens, como a aus�ncia dos direitos trabalhistas: f�rias remuneradas, 13º sal�rio, FGTS, aux�lios em caso de doen�as ou acidentes do trabalho, aus�ncia de contribui��o previdenci�ria. “Al�m de n�o poder contar com uma renda fixa previs�vel, esta situa��o prejudica o planejamento para uma futura aposentadoria”, explica a especialista.